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Poder

Para Renan, reação de juízes contra comissão de supersalários é ‘tolice’

Presidente do Senado, Renan Calheiros, classificou como "tolice" a reação de associações de magistrados diante da criação de uma comissão para tentar barra supersalários nos Três Poderes, e que pode atingir mais duramente o Judiciário; em nota, a Associação dos Juízes Federais, pediu que a "investigação dos supersalários não se restrinja ao Judiciário" e alfinetou ao destacar ser incompatível que "o administrador do serviço de xerox da Câmara dos Deputados receba vencimento igual a um ministro do Superior Tribunal de Justiça"

Presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), concede entrevista. Foto: Pedro França/Agência Senado (Foto: Gisele Federicce)
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Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou hoje (16) o posicionamento da Associação dos Juizes Federais (Ajufe) e da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), que divulgaram notas alegando que a votação de uma lei sobre abuso de autoridade seria uma retaliação de Renan pelo fato de ele ser alvo de ações judiciais no âmbito da Operação Lava Jato.

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"Essa matéria foi apresentada no segundo pacto republicano através de uma comissão da qual participou o ministro Teori Zavaski, o ministro Gilmar Mendes e o Everardo Maciel. A Lei de Abuso de Autoridade vigente no Brasil é de 1965, foi editada pelo então general Castelo Branco. Eu não acredito que ninguém, em nenhuma audiência pública, venha para o Congresso Nacional defender abuso de autoridade", disse, lamentando as notas.

Renan anunciou ainda que o relator do projeto será o senador Roberto Requião (PMDB-AL) que, segundo ele, "tem todas as condições para regulamentar matérias complexas como essa". Uma sessão temática sobre o tema será realizada na próxima quarta-feira (23) para discutir o assunto e auxiliar o relator antes da votação. Renan aproveitou o anúncio da sessão e voltou a provocar as associações de magistrados, convidando-as a discutir o tema no Congresso Nacional.

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"É muito importante que essas pessoas que continuam dando notas, a Ajufe, a AMB, venham discutir a matéria aqui no Congresso Nacional. Esse debate é franco e aberto, a sociedade já está participando dele. Mas é importante que essas entidades que corporativamente se manifestam venham também discutir essas matérias", afirmou.

Supersalários

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Renan também comentou o trabalho da comissão responsável por levantar os salários acima do teto constitucional, que reuniu-se nesta quarta-feira (16). O presidente do Congresso lembrou que, em 2013, foi instado a cortar os supersalários do Legislativo Federal e, em razão de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, precisou citar um a um 1.100 servidores antes de fazer os cortes. O teto constitucional atual é de R$ 33.763,00, valor do salário dos ministros do STF.

Segundo ele, o Senado pretende colaborar com a comissão que foi criada para analisar situações de servidores em todos os poderes que ainda recebem salários acima do teto. "Nós vamos reunir amanhã a mesa novamente para discutir do ponto de vista do Senado Federal o que nós podemos colaborar para essa comissão", afirmou.

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Judiciário

A Ajufe, no entanto, voltou a interpretar as declarações do presidente do Congresso como ameaça. Em nota divulgada hoje (16), a associação alega que deseja que todos os salários acima do teto sejam corrigidos.

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"Se há abuso, todos os poderes devem ser investigados. Mas, infelizmente, as baterias estão voltadas apenas contra um dos poderes. O regime de subsídios com o teto constitucional foi uma luta da Ajufe, no entanto, há um desrespeito à norma constitucional que determina sua recomposição inflacionária anual. Todavia, estranhamente, todas as carreiras tiveram reajuste dos seus vencimentos com exceção da magistratura", diz a nota.

Para a associação, a situação seria uma retaliação aos juízes que têm atuado em crimes de colarinho branco. "Tal atitude, faz-nos pensar que está havendo retaliação contra as instituições encarregadas de investigar e de julgar os casos de corrupção no Brasil", conclui a nota.

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