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    PDT apoia Lupi, mas racha por dentro

    Em busca de apoio, ministro do Trabalho convoca camaradas para reunio de cpula do partido; partidrios do afastamento de Lupi, Cristovam Buarque, Pedro Taques e Reguffe viram voto vencido e crise chega de vez ao partido

    PDT apoia Lupi, mas racha por dentro (Foto: Divulgação)

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    Evam Sena_247 – Estava tudo combinado. A despeito das denúncias mal explicadas contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se reuniria com lideranças do PDT na noite desta terça-feira para amenizar a imagem do seu presidente licenciado. Depois de viver um fim de semana sem novos escândalos, o ministro enquadra seu partido para apoiá-lo e tentar diminuir a crise político que pode o tirar do governo. Apesar das expectativas, ao fim da reunião o PDT não publicou nota de apoio ao ministro, e se limitou a declarar apoio da "maioria do partido" a Lupi.

    Para o encontro, em Brasília, Lupi convidou os dirigentes estaduais do PDT, dos quais 1/3, no mínimo, o apoiam. Os dissidentes do partido, que defendem o afastamento do ministro, disseram não terem sido convidados, mas dois deles confirmaram presença horas antes da reunião. É o caso dos senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MS), e do deputado Reguffe (DF). 

    A principal liderança do PDT ligada a Lupi, o deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que, do encontro partidário, sairá uma nota de apoio a Lupi. "Acho que eles é que deveriam sair do PDT. Se quiserem, a Executiva libera eles. Se eles se acham tão bons deveriam montar um partido só para eles", afirmou Paulinho sobre as “poucas vozes” contra o ministro. 

    A crise por que passa Lupi já se estendeu a sua própria legenda. Pedro Taques respondeu a Paulinho nesta terça e disse que “é a primeira vez” em que concorda com o deputado, sinalizando que pode haver desfiliações. "Eu defendo apenas que o Lupi e o PDT deixem o governo. Se o Paulinho é mais radical e quer a minha saída do partido, basta apresentar um pedido de expulsão para que o partido decida", rebateu Cristovam.

    A parcela do PDT favorável a Lupi calcula que a sua saída pode significar a perda da pasta. Oficialmente, o ministro tenta afastar essa versão. “O partido não teme perder o ministério. O ministério é da presidente Dilma Rousseff, e o PDT apoia o governo”, afirmou ontem.

    O Planalto, que tenta por panos quentes na crise no Trabalho, já acreditava que o PDT fecharria com Lupi e adiaria o desfecho do caso. A presidente Dilma Rousseff prefere mantê-lo no cargo até a reforma ministerial marcada para o início do ano que vem, do que fazer um rearranjo na Esplanada e abrir a disputa na base.

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