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Pepe Vargas: ‘Não vamos recuar nos ajustes’

Ministro das Relações Institucionais reforçou que o governo não pretende voltar atrás nos ajustes fiscais anunciados por Joaquim Levy, da Fazenda, mas assegurou que as mudanças não diminuem direitos trabalhistas; "Nós não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, muito antes pelo contrário", afirmou, acrescentando ser necessário "fazer correções para eliminar algumas distorções que existem e garantir direitos ao povo"; Pepe ressaltou ainda que "é no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste"; recado vem na esteira do discurso da presidente Dilma, que pediu aos ministros que defendam as novas medidas

Ministro das Relações Institucionais reforçou que o governo não pretende voltar atrás nos ajustes fiscais anunciados por Joaquim Levy, da Fazenda, mas assegurou que as mudanças não diminuem direitos trabalhistas; "Nós não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, muito antes pelo contrário", afirmou, acrescentando ser necessário "fazer correções para eliminar algumas distorções que existem e garantir direitos ao povo"; Pepe ressaltou ainda que "é no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste"; recado vem na esteira do discurso da presidente Dilma, que pediu aos ministros que defendam as novas medidas (Foto: Gisele Federicce)

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247 – O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, reafirmou nesta quinta-feira 12 que o governo não tem a menor intenção de "recuar" no ajuste econômico anunciado pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda. Ele assegurou, no entanto, que essas mudanças são de curto prazo e não afetam os direitos do trabalhador.

A presidente vem sendo pressionada a recuar sobre os ajustes, vistos com maus olhos pelas principais centrais sindicais do País, que já foram às ruas em protesto, e até mesmo por alas do PT. Hoje, o prenúncio de um PIB abaixo de zero em 2014, pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) divulgado pelo Banco Central, foi mais uma pressão para que Dilma repensasse os ajustes (leia mais).

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre as declarações de Pepe Vargas:

Pepe Vargas defende ajuste fiscal e diz que medidas são de curto prazo

Luana Lourenço - O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, defendeu hoje (12) o ajuste fiscal proposto pelo governo. Ele disse que as medidas são de curto prazo e necessárias para equilibrar as contas públicas e negou a retirada de direitos de trabalhadores com mudanças na concessão de benefícios da Previdência Social.

"Precisamos fazer o ajuste. É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste. Precisamos da contribuição de todos dentro do governo e precisamos deixar claro aos nossos parceiros – municípios e estados – que esse ajuste tem como objetivo justamente equilibrar o nosso processo fiscal para que, no próximo período, a gente possa dar continuidade ao projeto de desenvolvimento econômico e social do país, dando continuidade a todas as políticas públicas que a gente vem desenvolvendo", argumentou o ministro.

Pepe participou da abertura da reunião do Sistema de Assessoramento para Assuntos Federativos, com servidores dos ministérios que fazem a interlocução entre o governo federal, estados e municípios. O discurso do ministro segue a orientação da presidenta Dilma Rousseff para que os integrantes do governo "travem uma batalha da comunicação" e "sejam claros" ao defender as políticas e decisões do Executivo.

Ao comentar as medidas provisórias 664 e 665, que tratam de mudanças na concessão de benefícios previdenciários – alvos de críticas de centrais sindicais e da oposição – Pepe voltou a dizer que as novas regras não retiram direitos de trabalhadores.

Ministro diz que governo está "tranquilo" quanto a indicação de Leonardo Picciani (à direita) para a liderança da CâmaraJosé Cruz/Agência Brasil
"Não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, pelo contrário, mesmo que eventualmente tenhamos que fazer determinadas correções em alguns benefícios que são direitos do povo brasileiro", ressaltou o ministro. Segundo Pepe Vargas, as mudanças no seguro-desemprego, no seguro-defeso, no abono salarial e nas pensões são "correções para eliminar distorções e para garantir esse direito para o povo brasileiro ao longo do tempo".

O ministro, que é responsável pela articulação entre o governo e o Congresso Nacional, também comentou a eleição do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para a liderança da bancada peemedebista na Câmara dos Deputados. Pepe disse que o governo está "tranquilo" com a indicação e que não tem problemas com o novo líder.

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