Perillo é acusado de censurar protesto virtual
Governador de Gois teria contratado especialistas, segundo denncias de ativistas, para acabar com o movimento Fora Marconi, que j tem mais de nove mil usurios no Facebook
247 – O governador de Goiás, Marconi Perillo, ganhou recentemente um protesto nas redes sociais e já é acusado por ativistas de contratar um exército para desfazê-lo. Reportagem publicada no Correio do Brasil nesta quinta-feira traz denúncias de ativistas referentes à contratação de especialistas em internet, por parte do governo, para encerrar a campanha contra Perillo. O Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, tem membros investigados pela Polícia Federal por manter relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e permitir sua influência em postos de trabalho na gestão do Estado.
Na matéria do jornal carioca, os membros do movimento denunciam que há uma espécie de bloqueio para a participação do protesto chamado “Fora Marconi”, que possui uma página mantida por eles no Facebook, no momento com cerca de 9.700 usuários – cerca de oito mil foram alcançados em três dias – com presença confirmada em um ato marcado para o próximo dia 14, às 10h, na Praça Cívica. Um deles, identificado como Caio, afirma que eram para ter ainda mais usuários confirmados do que há hoje. “Como goiano e participante do movimento Fora Marconi, estamos sendo impedidos de postar livremente os evento no Facebook, com certeza isso parte de membros do governo que estão entrando em nossas páginas e nos bloqueando. Divulguem isso a nível nacional, o governo vai querer impedir os cidadãos goianos de fazer este manifesto”, alerta Edson Freitas.
Em um post intitulado “Devastador” no blog Observacionista, de Goiás, o autor Gercyley Batista acusa a equipe de comunicação do atual governo goiano de ter criado sua “arma digital” em 2010, durante campanha para a reeleição de Marconi Perillo pelo 3º turno. Segundo o blogueiro, “A Rede” teve dezenas de profissionais dedicados a “promover, dissimular e controlar o conteúdo digital que foi espalhado como virais em todo o Estado. E obteve sucesso”. Sobre o movimento Fora Marconi, Batista escreveu: “Imediatamente, alguns Governistas criaram suas próprias redes de apoio, a maioria sustentada por servidores comissionados e movimentos jovens partidários, o que chama a atenção para uma situação temerosa, o confronto direto entre partidários e protestantes”. O blogueiro também acusa o governo de irresponsabilidade por agendar uma contra-manifestação no mesmo dia do movimento virtual, o que, segundo ele, “pode gerar, de forma real, um confronto físico perigoso para ambos”.
Diante de tantas denúncias sofridas pelo governo de Goiás, a pergunta que fica é se será possível, em pleno ano de 2012 – quando há claros sinais de que o conteúdo caminha para ser cada vez mais livre – censurar a internet e os movimentos sociais das redes ou se isso ficaria ainda pior para a imagem da gestão de Perillo. A segunda opção parece bem mais provável.
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