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Planalto promete ser duro com ‘traidores’ na votação da segunda denúncia

Na reta final para a votação da segunda denúncia contra Michel Temer pelo plenário da Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto concentra esforços em garantir quórum para votar o tema na quarta-feira e assegurar o mesmo número de votos da primeira denúncia, e avisou aos parlamentares que, desta vez, as consequências de votar contra o presidente serão mais duras

Na reta final para a votação da segunda denúncia contra Michel Temer pelo plenário da Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto concentra esforços em garantir quórum para votar o tema na quarta-feira e assegurar o mesmo número de votos da primeira denúncia, e avisou aos parlamentares que, desta vez, as consequências de votar contra o presidente serão mais duras (Foto: Gisele Federicce)
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Na reta final para a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer pelo plenário da Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto concentra esforços em garantir quórum para votar o tema na quarta-feira e assegurar o mesmo número de votos da primeira denúncia, e avisou aos parlamentares que, desta vez, as consequências de votar contra o presidente serão mais duras.

"Se é governo tem que ser Temer. Se votar contra de novo não é governo, e aí tem consequências", disse uma fonte palaciana ouvida pela Reuters.

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O governo trabalha para atender pedidos de parlamentares, mas também com a força que tem, mesmo desgastado, em um ano eleitoral como será 2018. O discurso é que o Planalto só apoiará no ano que vem quem entregar seu voto agora. Quem não o fizer será considerado oposição.

"Governo sempre é importante em uma eleição, e os parlamentares sabem disso", disse a fonte.

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O recado foi dado, mas a ação só virá depois da votação. Como na primeira denúncia, deputados perderão indicações, que serão trocados por nomes de parlamentares fiéis. Mas, se ainda abriu espaço para arrependimentos da primeira vez, agora o Planalto promete ser duro até o final de 2018.

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O governo trabalha com a necessidade de obter pelo menos os mesmos 263 votos que conseguiu na primeira denúncia. A avaliação era de que um número muito menor poderia passar a imagem de que Temer não tem mais força no Congresso. Até semana passada, no entanto, admitia que poderia perder até mais de 20 votos.

No entanto, o levantamento mais recente preparado pelo vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), aponta para algo entre 250 e 270 votos, cerca de 10 por cento para mais ou para menos do que na primeira denúncia. "Não haverá grande perda de votos", garantiu Mansur.

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Na noite desta segunda-feira, Temer reúne no Palácio da Alvorada os líderes do governo e da base aliada para fazer a análise final do mapa de votação e garantir o quórum para quarta-feira.

Mansur confirmou à Reuters que estava levando para a reunião o último levantamento de votos. Ao chegar no Alvorada, Darcísio Perondi (PMDB-RS), também vice-líder do governo, afirmou que os líderes vão trabalhar "forte" no mapa de votação.

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A segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República acusa Temer de obstrução da Justiça e organização criminosa, crimes que teriam ocorrido durante seu mandato, o que autorizaria a abertura de uma ação penal.

Para que o processo continue, 342 deputados precisam votar pela autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a denúncia contra o presidente.

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Reportagem adicional de Mateus Maia

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