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‘Por que eles querem que eu renuncie? Porque sou uma mulher fraca? Eu não sou’

Em entrevista a jornalistas estrangeiros, presidente Dilma Rousseff diz que se "mantém firme" no cargo e que é alvo de um golpe no País; "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", afirmou Dilma, segundo o jornal britânico The Guardian; "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", acrescentou, sobre o processo de impeachment no Congresso; a presidente criticou ainda o que chamou de "métodos fascistas" por parte da oposição e voltou a acusar os adversários de não aceitar o resultado das eleições; segundo Dilma, a paz reinará no Brasil durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro

Brasília - DF, 11/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff fala à Imprensa. Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A presidente Dilma Rousseff voltou a negar qualquer possibilidade de renúncia do cargo em entrevista concedida a jornalistas estrangeiras nesta quinta-feira 24. "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", afirmou a presidente, segundo o jornal britâncio The Guardian. Ela destacou que se "mantém firme" no cargo.

De acordo com Dilma, o governo não aceitará o resultado do processo de impeachment que corre no Congresso, conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é réu no STF e alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", ressaltou. Segundo ela, o esforço da oposição para tirá-la do Planalto "carece de bases legais".

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O impeachment, acrescentou Dilma Rousseff aos correspondentes, irá deixar "cicatrizes duradouras" para a democracia brasileira. Dilma acusou os oposicionistas do que chamou de "métodos fascistas" e declarou que os adversários apostam no "quanto pior, melhor" ao sabotar todas as propostas econômicas do governo. Avaliou, ainda, que eles não aceitaram o resultado das últimas eleições.

Sobre o ex-presidente Lula, Dilma negou que sua nomeação como ministro da Casa Civil tenha sido para que o petista seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal em vez do juiz Sérgio Moro pela Operação Lava Jato. "Lula é meu parceiro", comentou, de acordo com o americano Times.

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Sobre as recentes manifestações pelo impeachment, Dilma disse: "Não vou dizer que é agradável ser vaiada. Mas não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite". Segundo a presidente, a paz reinará no Brasil durante a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, a partir de agosto.

Abaixo, reportagem da Reuters a respeito:

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Dilma diz a jornais estrangeiros que usará medidas legais contra impeachment

BRASÍLIA (Reuters) - Em entrevista a seis jornais estrangeiros na manhã desta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que vai apelar a todas as medidas legais existentes para barrar o processo de impeachment que pretende tirá-la do cargo e repetiu que não irá renunciar.

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"Por que 'eles' querem que eu renuncie? Porque sou uma mulher fraca? Eu não sou", disse, de acordo com reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian. Dilma disse, ainda segundo o jornal, que seus rivais políticos querem que ela deixe o cargo para evitar a dificuldade de removê-la do posto "indevidamente, ilegalmente e criminalmente".

Segundo a reportagem do jornal norte-americano The New York Times, a presidente afirmou que irá apelar com todos os meios legais possíveis contra o impeachment.

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A entrevista foi dada a correspondentes das publicações no Brasil. Além do jornal norte-americano e do britânico, Dilma falou ao Página 12, da Argentina; ao El País, da Espanha; ao Le Monde, da França, e ao Die Zeit, da Alemanha. Já na tarde desta quinta, o New York Times e o Guardian publicaram em suas edições online reportagens com parte da conversa com a presidente.

Mais uma vez, Dilma classificou de golpe a tentativa de aprovar o impeachment no Congresso e mostrou preocupação com o impacto no futuro do país. A presidente disse que não fazia comparações com golpes militares realizados no passado, mas disse que sua eventual destituição representaria um rompimento na ordem democrática, que deixaria uma "cicatriz profunda" na política do país.

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De acordo com o New York Times, a presidente mostrou um tom "desafiante" durante a entrevista, que durou uma hora e quarenta minutos. Ela defendeu sua campanha eleitoral, afirmando que não houve nenhum tipo de doação ilegal, e a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Casa Civil de seu governo.

Dilma classificou o ex-presidente como um "parceiro" e defendeu as habilidades políticas de seu antecessor.

Segundo o Guardian, Dilma mostrou otimismo durante toda a entrevista e apenas pareceu irritada ao falar do juiz federal Sérgio Moro, que conduz em primeira instância os processos da operação Lava Jato. A presidente criticou interceptação de conversas telefônicas das quais participou e afirmou que um juiz precisa ser "imparcial"

Dilma mostrou preocupação com o que chamou de aumento da intolerância no país e negou ter problemas com as manifestações, que avaliou como próprias de um período democrático. Ao comentar os protestos que pedem pela sua saída da Presidência, a petista reconheceu que não é agradável ser vaiada, mas disse dormir bem à noite.

A entrevista da presidente com o grupo de correspondentes estrangeiros é parte de uma estratégia do Palácio do Planalto de chamar a atenção para o processo político brasileiro no exterior.

Na última terça-feira, foram convidados todos os membros do corpo diplomático acreditados no Brasil para assistir ao ato de juristas contrários ao impeachment.

Nesta semana, os ministros da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, também deram entrevistas a correspondentes estrangeiros.

(Por Lisandra Paraguassu)

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