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Poder

PSDB paulista fecha com Aécio e pressiona Serra

Governador Geraldo Alckmin lança senador mineiro à presidência nacional do partido; ato no diretório paulista lotado aclamou Aécio Neves; ex-presidente Fernando Henrique participou do evento; "Espero que ele se sinta representado por mim aqui", disse, em referência ao ausente José Serra; ex-governador de Minas Gerais deixou o ambiente feliz, tirando fotos com militantes e pronto para percorrer o Brasil: "Estou absolutamente convicto de que ele [Serra] vai estar com o partido"  

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Marco Damiani _247 - No congresso do PSDB paulista, o governador Geraldo Alckmin lançou o senador mineiro Aécio Neves à presidência do PSDB nacional. "Aécio, percorra esse país do Oiapoque ao Chuí para ouvir a população brasileira. Assuma a liderança do PSDB, percorra o Brasil para sentir as agruras e esperanças do povo", disse Alckmin durante seu discurso. No entanto, o nó político formado pela má vontade do ex-governador José Serra frente à candidatura de Aécio para as eleições de 2014 ainda não foi desatado.

O que era para ser uma entrevista coletiva dos líderes tucanos Fernando Henrique, governador Geraldo Alckmin, presidente nacional Sérgio Guerra e do próprio senador Aécio teve perguntas canceladas: nenhum deles parecia capaz de explicar a posição de Serra neste momento. Afinal, ele vai sair do partido em represália a Aécio ou não?

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- Serra está em Londres, para uma homenagem programa anteriormente. Eu me sinto representado pelo meu dileto amigo lá. Espero que ele se sinta representado por mim aqui - disse, apenas, Fernando Henrique.

Nos discursos a questão da unidade foi decantada. Alckmin mobilizou a militância tucana em São Paulo para aplaudir Aécio. O diretorio tucano ficou cheio.

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- Agradeço ao grande governador Alckmin, essa luz que ilumina todos os tucanos do Brasil, pela oportunidade de falar em São Paulo - declarou o senador Aécio. "O PSDB deve muito aos tucanos de SP. O partido começou aqui, com Mário covas, Franco Montoro e José Serra", acrecentou.

Alckmin lembrou que Aécio foi "um grande governador de Minas", e tem na honradez uma de suas mais fortes qualidades.

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- Estamos aqui para mostrar que o partido está unido e seguirá unido, discursou Fernando Henrique. "Quem fez a estabilização não foi o rico, foi o povo brasileiro, junto com o PSDB", completou.

Presidências

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Ao 247,  Alckmin procurou separar a candidatura de Aécio à presidência do PSDB, que ele próprio lançou, da candidatura do partido à Presidência da República.

- Essa definição devemos fazer mais para o final do ano. A partir de agora, Aécio tem de percorrer o Brasil, passar a mensagem do partido e construir a unidade partidária - disse o governador.

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Segundo Alckmin, nesta segunda-feira não houve contatos com Serra. "Falei com ele na semana passada", disse. O presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, foi sucinto ao falar ao 247 sobre se Serra ficará ou não no PSDB: "Ele vem conosco", arrematou.

Um dos tucanos mais felizes com o desfecho com o encontro foi o secretário estadual de Energia, José Aníbal. "Aécio foi aclamado. O governador Alckmin teve grande sensibilidade em lançá-lo à presidência do partido", disse ao 247. Nos cálculos de Aníbal, Aécio, após a convenção nacional, nem precisará dizer que é candidato à Presidência da República em 2014. "A própria mídia vai trabalhar com essa ideia. Aécio estará consolidado", analisa. Para Aníbal, a atitude do PSDB de São Paulo será um exemplo para outros diretórios tucanos do Brasil. "Esse encontro foi decisivo", concluiu.

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A palestra

Na hora da tão anunciada e esperada palestra, Aécio começou lembrando o legado de Mário Covas e emendou com um elogio aos militantes presentes ao evento: "Não poderia imaginar que teria uma recepção tão calorosa". "O maior programa de distribuição de renda desse país chama-se Plano Real", disse o tucano, que destacou que a presidnte Dilma deveria demonstrar alguma gratidão pela herança deixada por FHC, principalmente no que diz respeito aos programas sociais.

Sempre elogiando o governador Geraldo Alckmin, o senador disse ter "um enorme orgulho de estar aqui em São Paulo, onde o PSDB começou". Ao fim de sua intervenção, Aécio convidau os militantes do PSDB para percorrer o país e mostrar de norte a Sul as qualidades do partido.

Na saída da convenção, Aécio falou aos jornaistas: "Tenho absoluta convicção de que ele [Serra] vai estar com o partido, vais estar conosco". Ele aproveitou para criticar o governo mais uma vez: "De que adianta fazer eleição para não fazer nada?".

Leia abaixo reportagem anterior sobre o clima na convenção

Marco Damiani _247 - Abaixo irão aparecer declarações dadas ao 247 nesta noite dadas pelos líderes do PSDB, mas antes a palavra é dada a um militante de base do partido, Francisco Lacerda, do diretório do bairro paulistano das Perdizes:

- Se Serra quer ir, que se vá. Ele já atrapalhou demais o partido. A vez agora é de Aécio, precisamos renovar.

A opinião sincera do militante tucano resume o ambiente que se forma na sede do partido a favor da recepção a Aécio Neves. Os militantes dos diretórios foram convocados diretamente sob a coordenação do governador Geraldo Alckmin. Às 19h05 em ponto o ex-presidente Fernando Henrique, o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, o senador Aecio Neves e o governador Geraldo Alckmin chegaram ao evento.

A sede paulista do PSDB já estava cheia por volta das 18h15, quando cerca de 200 esperavam as estrelas da noite. Ônibus trouxeram militantes dos bairros paulistanos. à exceção de José Serra, os principais lideres do PSDB já comecam a chegar à sede paulista do partido, na Avenida Indianópolis. No entando, nem tudo é festa por aqui. Abordado por Brasil 247, o senador Aloysio Nunes, líder do partido no Senado, não quis falar a respeito da busca por unidade que está em curso no partido.

- Não estou a fim de falar de coisa interna do partido. Unidade pra cá, unidade pra lá, não vou falar - respondeu, demonstrando certo nervosismo, o político diretamente ligado ao ex-governador Serra.

A irritação do senador serrista é compreenseivel do ponto de vista politico. O ambiente criado na sede do PSDB é totalmente pro-Aécio. Há, inclusive, faixas garantindo a ele que "São Paulo está com você, Aécio".

- Precisamos do novo - disse ao 247 o deputado estadual Antonio Ramalho, sindicalista do setor da construção civil. "Não há mais dúvida de que Aécio será o presidente do partido e, também, nosso candidato a presidente. Serra tem todo espaço do nosso partido, mas é hora do novo. Em off, outro deputado estadual completou, a respeito da percepção de que Serra poderia até mesmo deixar o PSDB caso o partido feche com Aécio.

- Isso é marola, disse essa fonte ao 247. "O partido em São Paulo está com Aécio, e Serra já entendeu isso", completou.

 O ex-presidente da Assembleia Legislativa Barros Munhoz foi outro a falar ao 247 a respeito do no partidatio que está dificil de desatar.

- Como está o Serra?, perguntou 247.

- Ele está viajando, sorriu Barros Munhoz, querendo dizer que a posição do ex-governador ainda é uma incognita.

Mais político que o colega Aloysio Nunes, o vereador Andrea Matarazzo também não quis comentar a possiibildade de uma chapa presidencial que una o senador mineiro Aécio Neves e Serra, na condição de candidatos a presidente e vice, respectivamente. "Não tem isso", disse Matarazzo ao 247, sobre a possibilidade da chamada chapa 'café com leite'. "O PSDB vai permanecer unido e tem muitos quadros para construir isso", disse.

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