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Poder

Que Papai Noel é esse?

Na véspera do Natal, balanço dos serviços prestados pelos três poderes da República aos brasileiros apresenta resultados desiguais; Palácio do Planalto pelejou contra a crise econômica em cenário adverso, mas presidente Dilma Rousseff manteve otimismo; Supremo Tribunal Federal focou no julgamento da AP 470, porém ficou encoberto pela personalidade do presidente Joaquim Barbosa; no Congresso, trem da alegria de 90 cargos para os novos partidos fechou ano marcado por marchas e recuos; presentes aos brasileiros saídos de Brasília mais uma vez não empolgaram

Que Papai Noel é esse? (Foto: Fotos Públicas)
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247 – No ano das manifestações populares do mês de junho, o Natal chega sem que o público brasileiro tenha muito com que se empolgar pelas lembranças dedicadas a ele por Brasília. O Papai Noel que passou pelo Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, por iniciativa da agência Fotos Públicas, teve motivos para levar mais reclamações e surpresas do que congratulações e agradecimentos aos políticos, ministros e juízes. 

No Congresso, o momento de maior sintonia com a população ocorreu logo após o instante de maior tensão. Após as manifestações de massa que varreram o País, com força especial em Brasília, os deputados e senadores aprovaram um pacote de leis que procurou atenuar as reivindicações mais imediatas. Com o passar dos meses, porém, a acomodação voltou a toma conta da atividade congressual, que patinou nas complexidades dos regimentos internos e não produziu algum resultado capaz de mudar o histórico de decepções do público com os políticos. No apagar das luzes, no momento de aprovar o Orçamento da União para 2014, os deputados deixaram partir mais um trem da alegria, com a criação de 90 novos cargos para os partidos recém-criados Pros e Solidariedade. Eles dizem que isso não faz diferença nas contas macroeconômicas, mas para a imagem da instituição igualmente não teve nada a ganhar com mais essa esperteza.

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Acossado, pelo Supremo Tribunal Federal, com um continuado questionamento de suas prerrogativas, o Congresso procurou avançar do ponto de vista institucional. Gestões de  paz foram comandadas, em particular, pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e pelo presidente da Câmara, Henrique Alves, mas o saldo não é especialmente positivo.

No ressoar dos sinos de Natal, sem dúvida o STF se sobressai junto ao público como o poder que mais ficou em evidência ao longo do ano. O julgamento da AP 470, o chamado mensalão, deu protagonismo para os ministros do Supremo e, entre eles, ao presidente Joaquim Barbosa. Sem pudores de aparentar equidistância em relação aos réus, ele foi duro em suas condenações e acentuou sua posição na aplicação das penas, com decretos seletivos que privilegiaram, às avessas, os petistas. Barbosa chega ao momento da troca de presentes com planos de concorrer a senador pelo Rio de Janeiro, qualquer que seja o partido, para aproveitar sua popularidade em alta nas pesquisas de opinião.

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No Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff igualmente não pode ser acusada de não ter praticado, ao longo de 2013, uma gestão com personalidade. Ela se posicionou sobre praticamente todos os grandes temas em debate no País, circulou pelos Estados e distribuiu mensagens de otimismo econômico, exercendo um papel que não lhe poderia ser diferente. Na mesma medida, foi criticada seguidamente pela mídia familiar, mas encontrou no calor do público, de modo pontual, e nas pesquisas de opinião, de maneira ampliada, grandes alentos. Dilma chega ao pé da árvore de Natal com a popularidade em alta e a condição de resolver a eleição marcada para outubro ainda em primeiro turno. Nada mal para que teve a competência de sua política econômica questionada pela oposição em todos os momentos. Para a presidente, o Natal certamente vai representar um momento de retomada de fôlego para enfrentar a guerra eleitoral de 2014.

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