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Quem pisca primeiro?

A proposta que as elites, representadas no Supremo Tribunal Federal, oferecem ao ex-presidente Lula é escancarada: saia da disputa presidencial para que possamos rever a prisão em segunda instância; o eixo central do projeto é garantir a inelegibilidade de Lula antes de oferecer a ele a liberdade; no entanto, pacientemente, Lula tem mantido suas caravanas e já declarou que, a partir de uma certa idade, perde-se o medo; ou seja: ele se mantém candidato, mesmo na hipótese de prisão, e pode ver a ministra Cármen Lúcia pautar a questão da segunda instância antes do registro das candidaturas

A proposta que as elites, representadas no Supremo Tribunal Federal, oferecem ao ex-presidente Lula é escancarada: saia da disputa presidencial para que possamos rever a prisão em segunda instância; o eixo central do projeto é garantir a inelegibilidade de Lula antes de oferecer a ele a liberdade; no entanto, pacientemente, Lula tem mantido suas caravanas e já declarou que, a partir de uma certa idade, perde-se o medo; ou seja: ele se mantém candidato, mesmo na hipótese de prisão, e pode ver a ministra Cármen Lúcia pautar a questão da segunda instância antes do registro das candidaturas (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – O Brasil vive hoje um cabo de guerra entre as forças golpistas e o campo democrático, que defende a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial de 2018. De um lado, o golpe busca se consolidar, garantindo a inelegibilidade de Lula. E só num segundo momento seria revista a questão da prisão em segunda instância – o que interessa à toda oligarquia política brasileira, incluindo nomes como Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, entre tantos outros.

O desenho desse grande acordo nacional foi sinalizado pelo ministro Gilmar Mendes, numa entrevista recente à jornalista Mônica Bergamo. Nela, Gilmar afirmou que Lula é inelegível, mas afirmou que a prisão não deve ser um objetivo central – o que também já foi explicitado pelo grande timoneiro do golpe, que é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O golpe, é bom que se diga, não foi dado para que Lula fosse preso, mas sim para que o PSDB, derrotado em quatro eleições presidenciais, tomasse o poder de assalto em aliança com o PMDB e implantasse sua agenda neoliberal, com pontos como a entrega do petróleo, a eliminação de direitos trabalhistas, a venda da Eletrobrás, a submissão do Brasil aos Estados Unidos e a privatização da previdência social.

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Este programa vem sendo conduzido por Michel Temer, que é hoje o governante mais impopular do mundo, com mais de 90% de rejeição. Aos golpistas, interessaria seguir adiante com este projeto, em águas mais tranquilas. O ideal seria, como já foi dito por FHC, que o Brasil tivesse outros eleitores e essa agenda antipovo e antinacional do PSDB vencesse nas urnas. Como esse caminho parece ser impossível, o Brasil foi praticamente destruído para que os tucanos pudessem chegar às eleições de 2018 sem o nome de Lula – favorito absoluto – nas urnas.

No entanto, não há nenhuma garantia de que essa aposta irresponsável do quarteto FHC, Aécio, Cunha e Temer possa ser realizada. De acordo com a lei eleitoral, Lula poderá ser candidato à presidência mesmo preso e registrar sua candidatura em 15 de agosto, quando estoura o prazo final no Tribunal Superior Eleitoral. Com os recursos apresentados por seus advogados, o Supremo Tribunal Federal, representado por Cármen Lúcia, poderá votar a questão da prisão em segunda instância antes de definir se Lula poderá disputar ou não as eleições. 

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Ou seja: Lula se mantém paciente e já declarou, na missa de um ano da morte da primeira-dama Marisa Letícia, que perdeu o medo. A exasperação hoje é justamente dos golpistas, que precisam eliminar Lula para depois salvar seus presos e potenciais presos em segunda instância. A grande questão é: quem vai piscar primeiro, Lula ou seus adversários?

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