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Radicalização quebra confiança de Dilma no PMDB

Presidente é última interessada em rompimento com o partido, mas se ressente de interlocutor válido para terminar a guerra e fazer a paz; vice-presidente Michel Temer não toma partido sobre saraivada de provocações; presidente da legenda, Valdir Raupp falou em desgoverno; líder Eduardo Cunha promete acirrar críticas; com base estilhaçada, governo já não conta com vitórias certas no Congresso; mas avaliação palaciana é a de que, se está ruim com o PMDB, pode ficar pior sem ele

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247 – Com a volta do Congresso das férias de inverno, radicalização é a palavra de ordem em Brasília. Entre governo e partidos políticos, no Supremo Tribunal Federal e no Espalanda dos Ministérios, a parte final do ano que antecede a eleição para presidente da República será de explicitação, sem meios termos, das posições de cada um. E a primeira grande batalha está em curso. Nos dias que antecederam a volta do Congresso do recesso, chefes do PMDB trataram de aumentar a fervura sobre a aliança com a presidente Dilma Rosseff, posicionando a legenda a milímetros de um rompimento.

"O que estamos vendo é uma situação de desgoverno", resumiu o presidente nacional da legenda, Valdir Raupp, no tipo de declaração que não suporta consertos. Ele foi acompanhado pelo líder do partido no Câmara, Eduardo Cunha, que ignorou o gesto de boa vontade na concessão, pelo governo, de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares. "A articulação política, que é deficitária, precisa ser mudada. Não é só isso (liberação de emendas) que vai resolver", afirmou Cunha, jogando por terra a tentativa do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Braga, também do PMDB, de contemporizar. "Isso vai ajudar a distensionar o ambiente", dissera ele.

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ATAQUE SEM VOLTA - Pelo jeito, não. Sem procurar dar a sua própria versão sobre os rumores de que irá procurar a presidente Dilma para informar do crescimento, em seu partido, da corrente que defende o rompimento com o governo, o vice-presidente Michel Temer virou uma incógnita. Desde que a crise entre o partido e a presidente se agudizou, ele tem evitado dar declarações. Um dos ministros peemedebistas mais próximos a ele, Moreira Franco, da Aviação, jura de pés juntos que o partido "não irá trair o governo".

Apesar de manifestações pró-rompimento com o PMDB feita por membros fortes do PT, como o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, Dilma avaliou com assessores que aceitar as provocações e abrir mão da difícil aliança com o PMDB traria mais dissabores do que alívio. As primeiras consequências seriam a consolidação da candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a perda da confortável, numericamente, maioria parlamentar.

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REFUTAR PROVOCAÇÕES - O prosseguimento da convivência, ainda que cada vez mais difícil, até, ao menos, o início do próximo ano, daria tempo para ocorrer uma possível melhora na economia e, com ela, alguma recuperação na popularidade da presidente Dilma. Acreditam assessores mais próximos a ela que, se está ruim com o PMDB ao lado, estará pior com ele solto para engrossar os campos dos adversários. Fica assim preparado o ambiente para a presidente Dilma precisar fazer o que menos gosta: engolir sapos políticos.

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