Randolfe pede na Justiça saída de Segovia do comando da PF
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou na Justiça pedindo a saída de Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF; no pedido, Randolfe cita a declaração de Segovia à agência de notícias Reuters, dizendo haver "tendência de que as investigações contra Michel Temer (MDB) sobre o Decreto dos Portos sejam arquivadas"; para Randolfe, a permanência de Segovia no cargo configura ofensa à moralidade administrativa e desvio de finalidade
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247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou com uma ação na Justiça na qual pede a saída de Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF). Realizado nesta quarta-feira (14), na 22ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), o pedido foi feito por meio de uma ação popular. O processo já foi autuado, mas ainda não tem relatoria definida. Delegados também ameaçam acionar o Supremo Tribunal Federal contra Segovia.
No pedido, Randolfe cita a entrevista concedida por Segovia à agência de notícias Reuters, na qual o diretor indicou que "a tendência é de que as investigações contra Michel Temer (MDB) sobre o Decreto dos Portos sejam arquivadas". De acordo com Randolfe, a nomeação por Temer e a permanência de Segovia no cargo configuram "ofensa à moralidade administrativa" e "desvio de finalidade".
"Tal suspeição fundada se deu em razão de a cúpula do governo já não disfarçar sua insatisfação com o curso das investigações da chamada Operação Lava Jato, chegando o seu líder no Senado a manifestar a intenção de 'estancar a sangria' e de fazer 'um grande acordo nacional'", disse o senador, se referindo a uma conversa telefônica gravada entre o senador Romero Jucá (MDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
O diretor-geral da PF foi recebido algumas vezes, em "agendas não publicas" pelo presidente, acrescentou Randolfe. O senador também relembrou a fala de Segovia sobre o delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pela investigação do inquérito dos Portos. Para Temer, algumas das perguntas feitas pela Polícia Federal foram "impertinentes".
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