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"Resistirei", diz Temer, após prisão de seus operadores

“Dirijo-me a todos para dizer que resistirei. Não apenas em função da minha honorabilidade, vilipendiada irresponsavelmente ao longo do tempo, mas, sim, em nome dos meus longos anos de aprendizado democrático e de culto ao Direito nos mais de 30 anos em que dei aulas de Direito Constitucional", afirmou Michel Temer, que poderá ser denunciado pela terceira vez por corrupção

"Resistirei", diz Temer, após prisão de seus operadores (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Michel Temer disse em artigo publicado nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo que resistirá, após a prisão na semana de pessoas próximas no âmbito do chamado inquérito dos portos, que investiga se ele atuou para beneficiar a empresa Rodrimar com a edição de um decreto que alterou regras do setor portuário.

No artigo, Temer lembra o episódio em que o empresário Joesley Batista —do grupo J&F, controlador da JBS— gravou uma conversa com o presidente à noite no Palácio do Jaburu, e critica, sem citar diretamente os nomes, as prisões de seus amigos José Yunes, advogado e seu ex-assessor especial e do coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, além do ex-ministro Wagner Rossi, também ligado ao presidente.

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“Para tentar obter provas levam à prisão, para depor, pessoas que estão à disposição para qualquer depoimento. As quais, aliás, já depuseram e, ao fazê-lo, desmentem a tentativa que setores pretendem praticar para incriminar o presidente da República”, escreveu Temer.

“É uma atitude incompatível com os postulados básicos do Estado Democrático de Direito. Porque hoje não se aplica mais a letra da lei, mas disputam-se espaços para saber quem vai ganhar. Quem perde é o País e, tanto quanto ele, as liberdades individuais. Hoje é o presidente da República, amanhã será outro – e outros”, acrescentou.

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As prisões temporárias foram determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Também a pedido da procuradora-geral, Barroso, que é o relator do inquérito dos portos no Supremo, determinou a revogação das prisões no sábado. Dodge baseou o pedido de revogação no fato de que as diligências de busca e apreensão já haviam sido cumpridas e os depoimentos dos detidos na última quinta-feira tomados. 

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No artigo, intitulado “Em defesa do Estado de Direito”, Temer, que tem afirmado que considera buscar na eleição de outubro permanecer na Presidência a partir de 2019, volta a afirmar que a Rodrimar, empresa que atua no porto de Santos, não foi beneficiada pelo decreto que mudou regras portuárias e diz que resistirá.

“Dirijo-me a todos para dizer que resistirei. Não apenas em função da minha honorabilidade, vilipendiada irresponsavelmente ao longo do tempo, mas, sim, em nome dos meus longos anos de aprendizado democrático e de culto ao Direito nos mais de 30 anos em que dei aulas de Direito Constitucional.”

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