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Poder

Rui Costa Pimenta: a Lava Jato está sendo demolida

O presidente do PCO avaliou, em entrevista à TV 247, que a crise no governo Bolsonaro só aumenta pelas revelações do Intercept e que continuará crescendo com Moro no ministério; "A Lava Jato é uma peça central do golpe e está sendo demolida por essas revelações"; para ele, a decisão de Dias Toffoli sobre o Coaf mostra que o STF está dominado pelos militares e chamou a situação de “ditadura encoberta”; assista

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247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, conversou com a TV 247 nesta semana sobre o impacto das revelações do site The Intercept na Lava Jato e na crise do governo. Rui também comentou sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro pelo presidente, Jair Bolsonaro, seu pai, à embaixada nos Estados Unidos e sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que favoreceu o senador Flávio Bolsonaro.

Rui Costa Pimenta avaliou que o caso Vaza Jato está agravando a crise no governo e disse que, enquanto o ministro Sérgio Moro não deixar o ministério da Justiça, a crise irá continuar a crescer. “As revelações estão agravando a crise, isso é muito evidente. A Vaza Jato é uma coisa central na situação política. A Lava Jato é uma peça central do golpe e está sendo demolida por essas revelações. Enquanto o Moro não sair do ministério, enquanto eles não paralisarem a turma de direita dentro do Judiciário isso vai continuar”. 

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Sobre a decisão de Dias Toffoli de suspender investigações que usem dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem prévia autorização judicial, Rui afirmou que o Supremo está dominado pelos militares e chamou a situação de “ditadura encoberta”. “Evidente que os militares colocaram freio em qualquer investigação do governo Bolsonaro. Pela via institucional não vai acontecer nada porque o STF está dominado pelos militares. É uma espécie de ditadura militar encoberta, os militares mandam no governo e decidiram que ninguém vai desestabilizar o governo Bolsonaro”. 

O líder político aprofundou a discussão sobre ditadura e disse que o país vive uma ditadura virtual. “Nós temos no Brasil uma situação virtual de ditadura que pode se aprofundar muito, e é bem provável que passemos para uma ditadura real. Essa ditadura virtual é assim porque a resistência popular não é muito forte. Imagine se a resistência popular fosse um pouco mais forte e o governo conseguisse se opor a essa resistência, o que ele faria? Ia colocar um monte de gente na cadeia, iria silenciar mais ainda a imprensa. Nós estamos naquela zona cinzenta entre o que havia de direitos da população e uma ditadura escancarada”. 

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A respeito da indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada nos Estados Unidos, avaliou que o deputado “é o embaixador quase que ideal para o Bolsonaro. Na verdade é um embaixador norte-americano que está sendo indicado como embaixador brasileiro, ele está lá para receber ordens do governo norte-americano, o que é uma vergonha. O problema não é o embaixador, o problema é o Bolsonaro, quem ele vai indicar?”. 

Para Rui Costa Pimenta, é preciso ter uma mobilização popular contra Bolsonaro para evitar que um governo fraco, como o atual, se torne forte. “Eu acho que a esquerda perdeu uma oportunidade muito grande ao não chamar o povo a sair às ruas contra a reforma da Previdência de maneira efetiva e não levantar a palavra de ordem de ‘fora Bolsonaro’. Você pode perder a oportunidade de liquidar um governo fraco e, não sendo liquidado, o governo pode se fortalecer. Ainda é tempo do pessoal acordar”. 

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Em sua avaliação, a esquerda não deve fazer disputa de denúncias com a direita. “O único poder que a esquerda tem, nesse momento, é nas ruas. A mobilização é muito controlada e muito fraca. A esquerda tem que mobilizar, não é um problema simplesmente de fazer uma disputa de denúncias, isso tem sua serventia mas é uma coisa limitada. É preciso trazer o povo para a rua, manifestar a insatisfação popular e fazer crescer essa insatisfação. Não podemos ficar esperando por alguma coisa que não vem, é muito importante sair à rua desde já”. 

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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