Salles militariza pasta do Meio Ambiente para conter 'arcabouço ideológico'
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está promovendo a militarização da pasta com a introdução de integrantes das Forças Armadas e da Polícia Militar em diretorias e no primeiro escalão do ministério; colocação de militares em postos chaves está ligada à uma decisão do governo Jair Bolsonaro para acabar com o "arcabouço ideológico" no setor ambiental; até o momento, 12 militares foram admitidos por Salles, sendo que oito estão ligados diretamente ao gabinete do ministro



247 - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está promovendo a militarização da pasta com a introdução de integrantes das Forças Armadas e da Polícia Militar em diretorias e no primeiro escalão do ministério. A colocação de militares em postos chaves está ligada à uma decisão do governo Jair Bolsonaro para acabar com o "arcabouço ideológico" no setor ambiental. Até o momento, 12 militares foram admitidos por Salles.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, cada mudança na direção do ministério é informada a Bolsonaro. Nesta semana, Salles demitiu o diretor de planejamento do Ibama, Luiz Eduardo Nunes, que era servidor de carreira do órgão de fiscalização. A vaga deve ser preenchida por Luis Gustavo Biagioni, recém-aposentado da PM de São Paulo. No dia anterior, Salles havia indicado o comandante da Polícia Ambiental de São Paulo, coronel Homero de Giorge, para comandar o ICMBio.
Na quinta-feira (18), Bolsonaro voltou a criticar o Ibama ao afirmar que o órgão era "muito mais aparelhado que o Ministério da Educação". No dia anterior ele disse que, juntamente com Salles, estava "tomando providências para substituir esse tipo de gente". Ainda segundo a reportagem, o gabinete do ministro conta atualmente com oito militares em cargos comissionados.
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