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Sem votos, Temer adia discussão da reforma da Previdência

Sem votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência, que põe a conta da crise sobre os trabalhadores, o governo de Michel Temer diz agora que priorizará o pacote de privatizações de 57 empresas e ativos públicos; "Entrou uma agenda econômica agora que é prioritária. A meta, refazer o Refis, reoneração, o pacote do funcionalismo. Tudo isso é prioritário", disse à Reuters um interlocutor do governo

Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília 05/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Aquiles Lins)
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BRASÍLIA (Reuters) - Enquanto tenta aprovar rapidamente as medidas econômicas enviadas ao Congresso, entre elas o aumento da meta de déficit fiscal para 2017 e 2018, o governo adiou mais uma vez a retomada da negociação sobre reforma da Previdência, apesar de manter a aposta na aprovação até o final deste ano, disseram à Reuters fontes palacianas.

"Entrou uma agenda econômica agora que é prioritária. A meta, refazer o Refis, reoneração, o pacote do funcionalismo. Tudo isso é prioritário", disse uma das fontes.

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Depois de conseguir barrar no Congresso a denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer, o governo colocou novamente a reforma da Previdência como prioridade e passou a apostar em ter a Proposta de Emenda à Constituição aprovada na Câmara até a primeira quinzena de outubro.

Mas desde então não houve novos movimentos por parte do Planalto. O governo sabe que, depois da denúncia contra o presidente pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, perdeu boa parte dos votos que já tinha arregimentado a favor da reforma --mesmo não tendo chegado aos 308 necessários.

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Parlamentares da base aliada, em uma primeira contagem depois da denúncia, apontavam para algo em torno de 250 a 260 votos, o que eleva o esforço do governo a encontrar pelo menos mais 80 votos para ter uma margem de segurança na votação.

"Depois de resolvido esse pacote econômico o governo vai retomar aquelas reuniões com parlamentares e o presidente e também com técnicos para tentar recuperar os votos", disse a fonte.

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Uma segunda fonte palaciana confirma que o governo adiou a retomada das conversas, mas insiste em votar a PEC até o final deste ano, mesmo que tenha de negociar alguns pontos.

"A intenção é votar como está", disse, referindo-se ao texto aprovada na comissão especial da Câmara. "Mas se não tiver mesmo jeito, alguma coisa pode ser negociada."

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Os pontos centrais para o governo são a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens e as mudanças nas aposentadorias dos servidores públicos, que são consideradas a base mínima da reforma.

Parlamentares da base governista já falam há algum tempo em fatiar a reforma e aprovar pelo menos os pontos centrais. No entanto, o Planalto não admite iniciar a discussão nesses termos.

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Enrolada com a reforma política, a base aliada na Câmara não tem mesmo espaço para tratar da Previdência nesse momento. Ainda assim, o Planalto avalia que, passando o pacote de medidas econômicas, pode convencer os parlamentares a tratar dos dois temas ao mesmo tempo.

"A reforma política tem que votar até início de outubro. Resolvendo isso, entra a Previdência", diz uma das fontes. De acordo com o cronograma alardeado pelo Planalto, isso daria duas semanas para os deputados votarem a reforma em plenário.

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