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Submisso a Trump, Bolsonaro pode abrir cota para trigo dos EUA

O Brasil pode implementar uma cota de importação de trigo norte-americano sem tarifas de 750 mil toneladas anuais, em um aceno ao governo dos Estados Unidos, que seria beneficiado pela abertura do mercado brasileiro. Seria um presente de Jair Bolsonaro a Donald Trump, no encontro de vinte minutos que os dois terão na próxima semana. Bolsonaro também acabar com a exigência de visto para turistas americanos, sem exigir contrapartida para brasileiros, que continuarão a ser tratados como cidadãos de segunda classe

Submisso a Trump, Bolsonaro pode abrir cota para trigo dos EUA (Foto: Fotos: Reuters)
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WASHINGTON (Reuters) - O Brasil pode implementar uma cota de importação de trigo norte-americano sem tarifas de 750 mil toneladas anuais, em um aceno ao governo dos Estados Unidos, que seria beneficiado pela abertura do mercado brasileiro.

O volume representa cerca de 10 por cento do trigo importado pelo Brasil e faz parte de um acordo na rodada Uruguai de negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC), em que o Brasil se comprometeu a importar as 750 mil toneladas sem tarifas anualmente, mas nunca cumpriu.

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Na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, senadores de Estados produtores de trigo encaminharam ao presidente Donald Trump um pedido para que a questão do cereal seja colocada sobre a mesa.

A maior parte do trigo que o Brasil compra de fora vem da Argentina, além de alguma coisa de Uruguai e Paraguai. No caso dos três países, sem tarifas de importação, dentro das regras do Mercosul. Para outras nações, o Brasil aplica uma tarifa de 10 por cento.

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A cota acertada com a OMC serve para qualquer país, mas a decisão do Brasil de implementá-la teria endereço certo, já que os EUA são os que normalmente exportam maiores volumes fora do Mercosul.

Em carta enviada a Trump, senadores de Estados produtores de trigo estimam que, se o Brasil implementar a cota, a exportação de trigo dos EUA poderia aumentar entre 75 milhões e 120 milhões de dólares por ano, a depender de quanto o país conseguisse vender.

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De acordo com uma fonte que acompanha as negociações em Washington, as conversas estão avançando e pode haver um sinal positivo em um encontro entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, na próxima terça-feira, mas o governo brasileiro também espera um sinal de boa vontade dos norte-americanos a algumas reivindicações brasileiras.

No momento, as principais reivindicações do Brasil referem-se a barreiras fitossanitárias e não devem também ser resolvidas na visita. Uma delas é a reversão de uma suspensão da compra de carne bovina in natura do Brasil, há dois anos, ainda sem solução. As negociações continuam, mas o governo brasileiro admite que uma mudança ainda demora.

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O Brasil também reivindica a abertura do mercado norte-americano para limão e outras frutas, mas as negociações esbarram em questões fitossanitárias. “Isso não deve sair agora”, disse a fonte.

Em outra área, não devem avançar também as negociações sobre etanol e açúcar. O Brasil reivindica o levantamento de barreiras tarifárias ao açúcar, enquanto os EUA querem maior abertura do mercado brasileiro de etanol —atualmente, o Brasil taxa volumes de álcool importado que superem 150 milhões de litros por trimestre, algo que atinge basicamente os norte-americanos.

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Segundo a fonte, nenhum dos dois lados pretende ceder nessas questões.

 
 

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