Temer contradiz Geddel e nega tramar anistia
Em Nova York, Michel Temer disse nesta quarta-feira que pessoalmente acha que a possibilidade de uma anistia ao caixa dois em campanhas não é bom e negou que tenha orientado a base governista no Congresso a aprovar o perdão aos candidatos que usaram recursos não contabilizados em campanhas eleitorais; nesta quarta-feira, Geddel assumiu a bandeira e disse que "como caixa dois não é crime, ninguém deve ser punido"; articulação visaria conter os efeitos das delações da Odebrecht e da OAS, que devem atingir parlamentares da base de Temer e vários ministros, como o próprio Geddel
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247 – Pegou tão mal a entrevista do ministro Geddel Vieira Lima, dizendo que "caixa dois não é crime" (leia aqui), a ponto de sinalizar que partiu do Palácio do Planalto a manobra pela anistia ampla, geral e irrestrita de parlamentares prestes a ser delatados pela Odebrecht e pela OAS, que Michel Temer se viu forçado a desautorizar seu auxiliar.
Teme-se, em Brasília, o impacto dessas delações, que podem atingir mais de 100 parlamentares, assim como ministros do governo Temer, como Eliseu Padilha, José Serra, Moreira Franco e o próprio Geddel.
Abaixo, reportagem da Reuters:
NOVA YORK (Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que pessoalmente acha que a possibilidade de uma anistia ao caixa dois em campanhas não é bom e negou que tenha orientado a base governista no Congresso a aprovar o perdão aos candidatos que usaram recursos não contabilizados em campanhas eleitorais.
Em entrevista coletiva em Nova York, Temer afirmou que pedirá esclarecimentos sobre o episódio quando chegar ao Brasil depois de, nesta semana, parlamentares da base tentarem aprovar uma anistia ao caixa dois eleitoral.
(Reportagem de Rodrigo Castro e Dion Rabouin)
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