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Poder

Temer faz maratona de reuniões para 'montar governo'

Vice-presidente Michel Temer viajou para São Paulo, onde realiza nesta terça-feria, 19, uma série de reuniões com profissionais do mercado e aliados políticos sobre a composição da nova equipe ministerial; para a Fazenda, o nome de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central "surge e ressurge" como um dos mais fortes; já para o Planejamento, um dos cotados é o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente interino do partido

Brazil's Vice-President-elect Michel Temer leaves the President-elect Dilma Rousseff's house in Brasilia November 3, 2010. REUTERS/Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS ELECTIONS) (Foto: Aquiles Lins)
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BRASÍLIA (Reuters e agências) - O vice-presidente Michel Temer voltou à capital paulista nesta segunda-feira, onde mantém conversas reservadas com profissionais do mercado, em meio a sondagens e expectativas sobre a composição da nova equipe ministerial.

Para a Fazenda, o nome de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central "surge e ressurge" como um dos mais fortes, afirmou uma fonte próxima ao vice-presidente. Para o Planejamento, um dos cotados é o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente interino do partido e um dos principais articuladores da votação que garantiu a aprovação do impeachment na Câmara.

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Jucá, foi líder do governo Dilma e também do governo Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi, por um breve período, ministro da Previdência Social.

Segundo outra fonte próxima a Temer, ele está "dando um tempo" em São Paulo para a poeira baixar, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, no domingo, da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

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Se o Senado confirmar a decisão para que o processo ser instalado, Dilma é afastada por até 180 dias e Temer assume a Presidência da República interinamente, razão pela qual já estaria travando contatos em São Paulo com pessoas que deseja ver no comando de ministérios de peso, como a Fazenda, Banco Central e Justiça, afirmou outra fonte com conhecimento do assunto.

A fonte disse ainda que a ideia é que essas pastas não entrem em quaisquer negociações por apoio partidário, sendo que Temer estaria em busca de sinergias na equipe econômica.

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Temer também teria definido as pastas de economia, infraestrutura e área social como os eixos principais de seu eventual governo. Estas áreas seriam fundidas com outras criando uma espécie de suprministérios visando enxugar amáquina estatal e priorizar a estabilidade política e a retomada do crescimento econômico.

O vice avalia que precisa dar uma resposta convincente ao País de que está comprometido com a recuperação política e econômica. Ele também acha que a formação de um Ministério reconhecidamente técnico e respeitável seria a melhor forma de aliviar as pressões sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação da chapa que o elegeu junto com a presidente Dilma Rousseff em 2014.

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Somente depois dessas definições o restante do governo seria definitivamente formado, caso Dilma seja afastada pelo Senado. Essas três áreas trabalhariam sustentadas politicamente pelo núcleo mais próximo de Temer no PMDB e encarregado das relações com o Congresso, formado pelos ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, ambos do partido do vice.

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O senador, ex-governador, ex-prefeito e ex-ministro José Serra (PSDB-SP) é cotado para comandar esse futuro ministério da infraestrutura, mas também é lembrado para a Fazenda. No modelo estudado pela equipe do vice, essa nova pasta poderia abrigar até o Ministério das Comunicações.

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O senador paulista José Serra é cotado para ocupar ministério em eventual governo Temer

O senador paulista José Serra é cotado para ocupar ministério em eventual governo Temer

 

 

O tucano José Serra também poderia ocupar a Saúde, pasta que comandou no governo Fernando Henrique Cardoso, e o Itamaraty. Esta última alternativa agrada a Serra pessoalmente, mas esbarra nas pretensões políticas dele de ser candidato em 2018. Caso Serra assuma o controle da infraestrutura, o médico David Uip, secretário da Saúde de São Paulo, poderia ser chamado a contribuir com o governo federal, na cota de indicações do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 

AgendaTemer quer definir uma agenda econômica, algo que ele ainda não tem, para entregá-la a um ministro da Fazenda com forte influência sobre o Banco Central e o Planejamento. A ideia é buscar coesão na política econômica.

 

O economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga ainda continua como um nome forte, mas, por ser ligado ao PSDB, gostaria de levar com ele, se aceitar o convite, outros nomes do partido, o que encontra resistência por parte do vice. Henrique Meirelles, outro ex-presidente do Banco Central, continua com chances, porém não agrada à totalidade do empresariado com quem o vice tem conversado.

 

Social. No últimos dias, Temer decidiu eleger a área social como prioridade numa resposta às acusações que sofreu do PT e do Palácio do Planalto de que planeja acabar com o Bolsa Família e outros programas.

 

Ele pretende fazer uma reformulação do setor, mas que não elimine políticas públicas, apenas as concentre sob um mesmo guarda-chuva. Até ontem o vice não tinha um nome para comandar essa área e gostaria de encontrá-lo na sociedade civil, para reforçar o conceito de um “Ministério de notáveis”.

 

O vice-presidente quer confiar ao DEM, partido com participação importante no processo de impeachment de Dilma, o Ministério de Minas e Energia, atualmente com o PMDB. José Carlos Aleluia é o nome preferido até agora.

 

Justiça. Embora não faça parte dos três eixos definidos por Temer, o Ministério da Justiça integra a lista de prioridades porque tem o controle da Polícia Federal e, portanto, uma interface com a Operação Lava Jato. O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim é o preferido de Temer, mas já advogou para empreiteiras investigadas pela operação. Ayres Brito, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, também é sempre lembrado.

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