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Temer minimiza caso em que trabalhadores não tinham água e salário

Em entrevista nesta sexta, Michel Temer minimizou as condições degradantes a que trabalhadores foram submetidos em uma fazenda, afirmando que a configuração de trabalho análogo à escravidão fora feita pela falta de uma saboneteira; o ponto citado por Temer, porém, era apenas um trecho de uma fiscalização que envolveu outros 43 autos; na fiscalização em questão, foi constatada desde falta de água potável para os trabalhadores a atraso de salários, passando por retenção de carteira de trabalho

Em entrevista nesta sexta, Michel Temer minimizou as condições degradantes a que trabalhadores foram submetidos em uma fazenda, afirmando que a configuração de trabalho análogo à escravidão fora feita pela falta de uma saboneteira; o ponto citado por Temer, porém, era apenas um trecho de uma fiscalização que envolveu outros 43 autos; na fiscalização em questão, foi constatada desde falta de água potável para os trabalhadores a atraso de salários, passando por retenção de carteira de trabalho (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Em entrevista ontem ao site de notícias Poder 360, Michel Temer citou um caso em que um auto de infração caracterizou o trabalho análogo à escravidão pela falta de uma saboneteira num local correto. Mas o auto citado por Temer era apenas um trecho de uma fiscalização que envolveu outros 43 autos. Na fiscalização em questão, foi constatada desde falta de água potável para os trabalhadores a atraso de salários, passando por retenção de carteira de trabalho. 

Na entrevista, Temer relata que o ministro do Trabalho levou até eles alguns autos de infração: “Um deles, por exemplo, diz que, se você não tiver a saboneteira no lugar certo, significa trabalho escravo.”

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Porém, a inspeção realizada em 10 de março de 2011 pelo Ministério do Trabalho, acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em canteiro de obras da MRV, em Americana, interior de São Paulo, envolvia 44 autos de infração, entre eles os mostrados por Temer ao site. “As situações encontradas enquadram-se nas hipóteses de degradação do ambiente de trabalho, do local de alojamento e de restrição da locomoção por meio de retenção de CTPS e não pagamento de salário, configurando trabalho análogo ao de escravo”, diz o relatório dos fiscais do trabalho.

— Houve um somatório de circunstâncias, atraso de salário, muitas pessoas alojadas em uma mesma casa. Não recebiam material de higiene. Viviam em condição indigna. Eu acompanhei a fiscalização juntamente com os auditores fiscais. Usar a informação que se configurou trabalho escravo por falta de saboneteira deturpa e desqualifica o nosso trabalho — diz o procurador do Trabalho Silvio Beltramelli Neto.

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As informações são de reportagem de Cássia Almeira em O Globo.

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