CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Poder

Temer pode indicar Aloysio Nunes para o Itamaraty ainda esta semana

Segundo a agência Reuters, Michel Temer deve definir até o final desta semana o novo ministro das Relações Exteriores e o nome mais provável, até agora, é o do senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo no Senado; fonte ouvidas pela agência disseram que o PSDB, "dono da vaga" deixada por José Serra, apresentou três possibilidades: Aloysio Nunes, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o também senador Antonio Anastasia (MG); Temer deve conversar com o próprio Aloysio e com os caciques do PSDB ainda esta semana para fechar o nome do senador

Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) fala durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) destinada a debater as relações diplomáticas entre o Brasil e a França, com a presença do embaixador daquele país no Brasil (Foto: Aquiles Lins)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer deve definir até o final desta semana o novo ministro das Relações Exteriores e o nome mais provável, até agora, é o do senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo no Senado, disseram à Reuters fontes palacianas nesta quarta-feira.

De acordo com uma das fontes, o PSDB - que tinha a vaga no Itamaraty até a saída de José Serra, na semana passada - apresentou três possibilidades: Aloysio Nunes, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o também senador Antonio Anastasia (MG).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Anastasia já teria informado ao partido que não tem interesse na vaga e a tendência da sigla é reafirmar a indicação de Aloysio, já que Amaral, apesar das ligações históricas com o PSDB - foi porta-voz de Fernando Henrique Cardoso na Presidência - é um nome técnico e não político.

De acordo com uma das fontes, Temer deve conversar com o próprio Aloysio e com os caciques do PSDB ainda esta semana para fechar o nome do senador.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"O presidente quer anunciar o nome no máximo até a segunda-feira, possivelmente antes, para dar posse aos ministros na próxima semana", disse a fonte, incluindo na lista o novo titular da Justiça, Osmar Serraglio, indicado na semana passada.

PADILHA

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Temer deve resolver o problema causado pela saída repentina de Serra nesta semana, mas nos próximos dias terá que encarar outra crise, a causada pelas entrevistas dadas pelo advogado José Yunes, seu amigo pessoal, afirmando que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi o responsável por ter mandado o doleiro Lucio Funaro entregar documentos em seu escritório.

Yunes era assessor especial de Temer e deixou o cargo no ano passado depois que vazou a delação premiada de Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, na qual o ex-executivo da empreiteira teria dito que Yunes recebeu dinheiro vivo, parte de recursos que teriam sido solicitados por Temer ao então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Padilha ainda está internado em um hospital de Porto Alegre, depois de ter passado por uma cirurgia para retirada da próstata. Deve ter alta apenas na quinta-feira, de acordo com informações passadas por fontes palacianas.

"O presidente vai esperar ele voltar para falar com ele. É preciso dar um tempo para ele falar antes de fazer um julgamento", disse uma das fontes.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Um outro assessor palaciano admite, no entanto, que a situação de Padilha é "delicada" e a licença médica do ministro veio a calhar.

Inicialmente, o titular da Casa Civil voltaria a Brasília na próxima segunda-feira, mas como ainda está hospitalizado, dificilmente poderá voltar ao trabalho em quatro dias. O governo joga com a licença médica do ministro para esperar a crise esfriar e decidir se Padilha tem ou não condições de continuar no governo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

No entanto, o próprio Yunes não tem deixado o assunto morrer, dando entrevistas e oferecendo seu sigilo telefônico para comprovar que conversou com Padilha.

A atuação do ex-assessor especial da Presidência irritou o Planalto. Yunes esteve com Temer na quinta-feira da semana passada, quando a capa da revista Veja - primeira a falar com o advogado - começou a circular pelas redes sociais. Ainda assim, Yunes não contou a Temer sobre a entrevista. Havia mencionado anteriormente apenas seu depoimento ao Ministério Público, no dia 14 de fevereiro.

Desde então, conta a fonte, o advogado não esteve mais em Brasília nem procurou Temer, de quem é amigo há décadas.

(Por Lisandra Paraguassu)

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO