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Poder

Temer quer adiar reajuste de servidores para 2020

Instalado no poder desde 2016, Temer deixa o cargo no fim do ano com uma ameaça: ser der reajuste aos servidores públicos, civis e militares, não terá como pagar programas sociais; medida economizara até R$ 11 bilhões dos cofres da União; enquanto isso, judiciário dá aumento para si próprio de 16%, causando impacto de até R$ 4 bilhões nas despesas federais

Temer quer adiar reajuste de servidores para 2020 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 com Agência Brasil - Michel Temer (MDB) vai encampar a recomendação do Ministério do Planejamento segundo a qual não é possível dar aumento salarial ao funcionalismo em 2019. A sugestão de suspender o aumento, que afeta diferentes categorias, foi levada ao emedebista pelo ministro do Planejamento, Esteves Colnago e deverá ser transformada em Medida Provisória (MP) enviada em breve ao Congresso.

Mesmo promovendo uma dura política de cortes e arrocho em gastos sociais desde que foi instalado no poder, Temer diz que que haverá ainda mais cortes nos programas sociais no ano que vem se não houver a suspensão do aumento, previsto para ser pago em janeiro. A medida acarretaria uma economia de até R$ 11 bilhões no orçamento de 2019, considerando todos os servidores, entre civis e militares. Se o reajuste for adiado apenas para os civis, o impacto seria de R$ 6,9 bilhões, informou o Planejamento.

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A previsão é que as despesas com pessoal da União em 2019, como salários e encargos, seja de R$ 322 bilhões. O ministro do Planejamento já informou, em entrevista recente, que, se o presidente concordasse com o adiamento do reajuste, uma proposição deveria ser enviada ao Legislativo antes do projeto do Orçamento de 2019, conhecido como Lei Orçamentária Anual (LOA 2019). Conforme a legislação, o governo precisa enviar até 31 de agosto a peça orçamentária para o ano seguinte.

O governo também já decidiu que irá esperar o Congresso se posicionar sobre a proposta de aumento de 16% nos salários do Judiciário, apresentada nesta quinta-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme antecipou a Agência Brasil, o reajuste irá onerar a folha de pagamento do Executivo em R$ 243 milhões. Se considerado o "efeito cascata" nos demais poderes e também nas unidades da Federação, as despesas podem aumentar em até R$ 4 bilhões, segundo projeções de técnicos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Somente no Judiciário, o impacto seria de R$ 717 milhões ao ano. Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) também anunciou a mesma proposta de reajuste para procuradores.

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