TJ-SP teme que CNJ ultrapasse os limites jurisdicionais
De acordo com o desembargador Ivan Sartori, independente das investigaes da entidade, o Tribunal paulista continuar a apurar irregularidades na corte
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Fernando Porfírio _247 - O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, suavizou o discurso e disse nesta segunda-feira (6) que não é contra a atuação do Conselho Nacional de Justiça. Sartori justificou a mudança de opinião afirmando que temia que o CNJ ultrapassasse os limites jurisdicionais.
Sartori reuniu três ministros do Supremo, um do STJ, o vice-presidente da República, Michel Temer, o governador paulista, Geraldo Alckmin, além de parlamentares, advogados, magistrados, promotores e procuradores de Justiça na solenidade que marcou a abertura do Ano Judiciário em São Paulo.
Um coquetel para cerca de mil pessoas foi organizado pelo cerimonial do Palácio da Justiça. De acordo com levantamento do Brasil 247, a empresa contratada cobrou R$ 150,00, o que levou o gasto com festança para R$ 150 mil.
O julgamento do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, que pôs fim a guerra pública entre setores da magistratura sobre as atribuições do CNJ para julgar e punir magistrados foi o tema que mais se destacou nos discursos da cerimônia de abertura do Ano Judiciário em São Paulo.
Nos discursos das autoridades presentes, entre eles o vice-presidente da República, Michel Temer, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e representantes do Ministério Público e da magistratura, a recente crise no Judiciário nacional foi tratada como uma oportunidade para o fortalecimento da instituição.
“'O sistema democrático saiu fortalecido deste debate”, destacou o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio D''Urso. “'A decisão não é uma derrota para o tribunal. Nós resistíamos à parte jurisdicional, mas não tenho nenhum problema com o CNJ”, ressaltou o presidente da corte paulista, Ivan Sartori.
De acordo com o desembargador, independente das investigações da entidade, o Tribunal paulista continuará a apurar irregularidades na corte. No entanto, Sartori disse que pretende acompanhar de perto como será a atuação do conselho a partir de agora
“Talvez a decisão tenha sido a melhor. Mas vamos aguardar como o CNJ vai tratar a magistratura agora”, afirmou. “Não vou permitir que o CNJ lance essa pecha contra a magistratura”.
Para o vice-presidente da República, Michel Temer, o Judiciário tem a função de pacificar os conflitos sociais e quando a instituição é atacada, quem perde é a sociedade.
Também participaram da cerimônia de abertura do Ano Judiciário os ministros do STF Cézar Peluso e Ricardo Lewandowski, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), e o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, Gabriel Chalita.
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