Trípoli corrige Aloysio: “Também sou candidato e, ao contrário do PT, teremos prévias”

Marco Damiani_ 247 – O deputado Ricardo Trípoli não gostou da avaliação feita ao 247 pelo senador Aloysio Nunes Ferreira, para quem o partido só tem dois pré-candidatos a prefeito de São Paulo: o deputado José Aníbal e o secretário Andrea Matarazzo. “Ele se equivocou”, rebateu Trípoli, o primeiro entre os tucanos a acreditar na disposição do partido de realizar prévias para escolher o candidato a prefeito em 2012. “Eu também sou candidato”.

Tanto que o próprio Trípoli vem fazendo campanha entre os diretórios zonais da capital paulista desde o mês de abril. “Acabo de percorrer todos os 57 diretórios. Tenho um levantamento sobre as sugestões de cada bairro para um programa de candidatura e de governo”. Segundo ele, Transportes e Saúde são as duas áreas que mais preocupam as bases tucanas.

Na manhã desta sexta-feira 4, o governador Geraldo Alckmin disse em entrevista à rádio Jovem Pan que gostaria que as prévias viessem a ser realizadas apenas em março. “Acho que não informaram direito ao governador”, retruca Trípoli. “O diretório municipal já determinou que as prévias sejam realizadas em dezembro, no máximo em janeiro. Só falta fechar uma ata sobre isso”, registrou o deputado. “Não dá mais para mudar, acho muito difícil”.

O concorrente tucano dá de ombros diante do fato de prévias em março, como pede Alckmin, beneficiarem o ex-governador José Serra. Ele teria mais tempo para sair do muro e assumir sua intenção de concorrer. “Serra me disse que não é candidato, mas, se quer ser, tem de se inscrever nas prévias e vencer”, assinala Trípoli. “Se perder, tem de apoiar o candidato que o partido indicar”.

À Pan, Alckmin afirmou que o tempo em que a cúpula do partido indicava o candidato já passou. “Não tem isso de o governador indicar quem será o candidato”, disse Alckmin. No entanto, o movimento do governador em mudar a data das prévias é uma alteração importante na regra do jogo. “O PT atropelou a democracia ao tirar fora uma candidata que queria concorrer, eles irão pagar caro por isso”, reflete o deputado. “Nós pedemos tirar proveito da falta de democracia interna do adversário aproveitando para aprofundar a nossa prática democrática”, receitou.