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Um assessor do STF pode biografar Barbosa?

Contratado como secretário de Comunicação do Supremo Tribunal Federal, o jornalista Wellington Geraldo Silva irá escrever a história oficial de Joaquim Barbosa, segundo revelou Ancelmo Gois, em sua coluna no Globo. Ocorre que, no julgamento da Ação Penal 470, o então relator Barbosa tentou condenar João Paulo Cunha numa segunda ação de peculato, alegando que o ex-assessor de imprensa da Câmara dos Deputados, Luís Costa Pinto, era utilizado com fins pessoais. E agora: é diferente?

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247 - Vingador e vingativo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se vê com uma espécie de espada do mundo, sempre pronto a cortar cabeças em seu furor moralista. Aliás, esta é a imagem que boa parte da imprensa construiu a seu respeito. As grosserias e agressões em série contra colegas de magistratura, jornalistas e advogados seriam apenas, como diz o Globo, parte de seu estilo "assertivo".

No julgamento da Ação Penal 470, o Brasil inteiro pôde assistir ao espetáculo que o consagrou. Num dos capítulos, Joaquim Barbosa tentou condenar João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, numa segunda ação de peculato. Dizia o relator que a contratação da empresa Idéias, Fatos e Texto, do jornalista Luís Costa Pinto, visava apenas à promoção pessoal do próprio João Paulo Cunha. Segundo Barbosa, houve, inclusive, dolo na contratação da IFT, mas, neste ponto, foi voto vencido. Os demais ministros entenderam que o ex-assessor da Câmara prestou serviços à própria Câmara dos Deputados – e não a seu presidente.

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Nesta sexta, no entanto, o jornalista Ancelmo Gois faz uma revelação que poderia ser constrangedora para o presidente do STF, se o Globo, que lhe concedeu o prêmio "Faz Diferença", não estivesse tão casado com suas posições. Diz Ancelmo que o assessor de imprensa da presidência do Supremo Tribunal Federal, o jornalista Wellington Geraldo Silva, irá escrever a biografia oficial do chefe. Leia abaixo:

Joaquim, a biografia

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Escrita pelo coleguinha Wellington Geraldo Silva, atual secretário de Comunicação do STF, vem aí uma biografia de Joaquim Barbosa.

Há cinco editoras interessadas.

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Se o caso fosse levado ao Joaquim Barbosa que atuou na Ação Penal 470, ele, provavelmente, enxergaria algum desvio de função ou a utilização de um recurso do Supremo Tribunal Federal, pago por todos os contribuintes brasileiros, para a promoção pessoal do seu presidente. Procurada pelo 247, a assessoria de imprensa do Supremo não se manifestou a respeito até a publicação desta matéria. Wellington, por sua vez, disse que trataria do caso apenas em seu horário de almoço por se tratar de uma questão particular – não relacionada aos assuntos do STF.

O secretário de Comunicação, que fez questão de registrar que estava ligando de seu celular particular, entrou em contato com o 247 no intervalo do almoço e afirmou que ainda "não existe livro", trata-se de um projeto pessoal que ele pretende tocar quando, um dia, deixar seu cargo no Supremo – disse não ter planos de quando isso irá acontecer. "Não comecei a escrever. Farei no dia em que eu não estiver mais aqui", declarou.

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"Eu tenho um projeto de biografia que será executado quando eu sair do Supremo. Um projeto de fazer um livro, como qualquer jornalista", disse. Segundo ele, o assunto sequer tem sido conversado com Joaquim Barbosa. Wellington confirmou já ter sido procurado por algumas editoras, que querem mais detalhes do projeto, mas afirmou não ter contrato com nenhuma delas.

O assessor disse ainda que até poderia dedicar suas horas vagas – madrugas e finais de semana, como citou – para escrever a biografia. "Cada um usa o tempo livre como pode, nada me impede de escrever um livro", afirmou. Mas garante que não fará isso, pois "trabalha muito". Wellington disse chegar diariamente às 9h30 no STF e deixar o local às 21h. Ele não quis comentar a comparação com o assessor do deputado João Paulo Cunha.

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