Massacre do Mineirão não apaga o sucesso da Copa

Mobilização popular em torno da Copa é maior do que derrota histórica por 7 a 1 imposta pela Alemanha; público abraçou Mundial e deu seguidas demonstrações de amor pelo País; as previsões catastrofistas estavam tão erradas quanto as análises esportivas ufanistas; time de Felipão contou com maioria esmagadora de jogadores que nunca haviam disputado um Mundial; adulação da mídia esportiva escondeu falhas gritantes da equipe; meio-de-campo inexistiu, sem opções de nomes experientes como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, e com Hernanes mais no banco do que em campo; massacre do Mineirão, onde a torcida não deixou de apoiar o time, encerra lições que têm de ser aprendidas desde já

Mobilização popular em torno da Copa é maior do que derrota histórica por 7 a 1 imposta pela Alemanha; público abraçou Mundial e deu seguidas demonstrações de amor pelo País; as previsões catastrofistas estavam tão erradas quanto as análises esportivas ufanistas; time de Felipão contou com maioria esmagadora de jogadores que nunca haviam disputado um Mundial; adulação da mídia esportiva escondeu falhas gritantes da equipe; meio-de-campo inexistiu, sem opções de nomes experientes como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, e com Hernanes mais no banco do que em campo; massacre do Mineirão, onde a torcida não deixou de apoiar o time, encerra lições que têm de ser aprendidas desde já
Mobilização popular em torno da Copa é maior do que derrota histórica por 7 a 1 imposta pela Alemanha; público abraçou Mundial e deu seguidas demonstrações de amor pelo País; as previsões catastrofistas estavam tão erradas quanto as análises esportivas ufanistas; time de Felipão contou com maioria esmagadora de jogadores que nunca haviam disputado um Mundial; adulação da mídia esportiva escondeu falhas gritantes da equipe; meio-de-campo inexistiu, sem opções de nomes experientes como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, e com Hernanes mais no banco do que em campo; massacre do Mineirão, onde a torcida não deixou de apoiar o time, encerra lições que têm de ser aprendidas desde já (Foto: Marco Damiani)


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247 – A derrota vexatória por 7 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira diante da Alemanha não será esquecida. Foi a maior já sofrida por uma equipe campeã do mundo em todas as copas já disputadas. Também nunca houve antes outro placar tão dilatado contra uma seleção anfitriã de um Mundial. A própria equipe nacional jamais havia perdido, para qualquer adversário, sofrendo tantos gols. Não há, portanto, desculpas ou subterfúgios para contornar a dimensão do desastre ocorrido no Mineirão. O que não significa que a Copa do Mundo no Brasil não continue a ser um sucesso espetacular.

Nas muitas distorções cometidas na cobertura jornalística do Mundial, as duas linhas principais de erros foram o ufanismo com que o Seleção Brasileira foi tratada e o pessimismo embutido nas notícias anteriores ao início da Copa. O certo, sabe-se agora, seria o contrário.

No Brasil real, o povo recebeu a competição de braços abertos, encantando os turistas estrangeiros e fazendo seguidas festas em homenagem à Seleção. Por mais que a mídia tradicional tentasse fazer da Copa uma prévia das eleições presidenciais de outubro, na qual o governo seria sacrificado em praça pública, o que aconteceu foi o apoio maciço do público à competição, à Seleção e ao próprio País. O vandalismo projetado não aconteceu, e todas as aglomerações de milhares de pessoas foram pacíficas e alegres. Esta característica já está marcada na história da Copa no Brasil: a alegria popular.

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COMPETIÇÃO ELETRIZOU O PÚBLICO - Mesmo sem a Seleção Brasileira na partida final, no Maracanã, é certo que o Brasil venceu o desafio de sediar o Mundial. A competição eletrizou o público e atraiu cerca de 700 mil visitantes estrangeiros às 12 cidades-sedes. Os gargalos que se anunciavam como intransponíveis, especialmente nos aeroportos, não ocorreram. Os jogos se deram de maneira pacífica, sem terem sido motivo para protestos e manifestações, muito menos para atitudes violentas debaixo de bandeiras sociais ou políticas. A Copa, por mais que quem torceu contra não tenha ficado feliz, transcorreu de maneira redonda.

A repercussão na mídia internacional à receptividade oferecida pelos brasileiros aos visitantes foi em tudo positiva para o Brasil. Mais de 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo assistiram às partidas. Numa enquete com mais de mil jornalistas estrangeiros, a Copa foi considerada a melhor de todas as já realizadas em termos de organização, empolgação e resultados esportivos.

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Em termos de segurança, correu praticamente à perfeição. Torcedores violentos ou foram impedidos de entrar no País já em seus países de origem ou foram presos aqui. Numa operação elogiada pela famosa polícia inglesa Scotland Yard, a polícia civil do Rio de Janeiro prendeu uma quadrilha internacional de vendas de ingressos VIP que abalou a estrutura da Fifa. Os jogos, sem exceção, não registraram incidentes.

Dentro do campo, o técnico Luiz Felipe Scolari tinha, basicamente, duas opções para escalar o time do Brasil. Para suavizar a ausência de Neymar, ele  poderia reforçar o meio-de-campo ou entrar com um atacante. A segunda opção, com Bernard no lugar de Paulinho, foi a escolhida. Na virada para o segundo tempo, depois de 5 a 0 contra e tudo praticamente perdido, Felipão botou, enfim, Paulinho para jogar, e também Ramirez. Em seguida, quando acabara de sofrer o sexto gol, tirou o criticado Fred e colocou mais um meio-campista, William. Todos sabiam que já era tarde demais. A Seleção Brasileira, agora, terá de se contentar em disputar o terceiro lugar, no sábado 12. Não estava escrito que a Copa só seria um sucesso se o Brasil viesse a ser o campeão. É o que prevalece.

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