Ministério da Saúde é usado na “compra” de apoio de políticos em AL

Denúncia revela a estratégia utilizada pelo PP para a cooptação de deputados com o objetivo de aumentar a bancada na Câmara; o esquema foi montado pelo senador Ciro Nogueira (PI), pelo então ministro da Saúde, Ricardo Barros (PR), e pelo deputado Arthur Lira (AL); o parlamentar alagoano nega e diz que o aumento do PP ”incomodou muito alguns caciques que não conseguem aceitar o nosso crescimento”

Arthur Lira 
Arthur Lira  (Foto: Voney Malta)


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Por Edivaldo  Júnior/Gazetaweb.com - A Revista Istoé desta semana, edição do dia 11 de maio, revela na reportagem “O PP vai às compras”, um esquema utilizado para a cooptação de deputados federais, com o objetivo de aumentar a bancara da legenda na Câmara Federal.

“Para se tornar a segunda maior bancada na Câmara, o PP cooptou sete novos deputados com dinheiro da Saúde e a oferta de mais R$ 2,5 milhões para a campanha de cada um”, diz a Istoé.

Segundo a reportagem, o esquema foi montado pelo presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), pelo então ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros (PR), e pelo deputado Arthur Lira (Al), ex-presidente da Comissão do Orçamento.

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Um detalhe da reportagem chama a atenção – o aumento de liberação de verbas de custeio do Ministério da Saúde para Alagoas: “Segundo a ISTOÉ (leia aqui), houve um aumento expressivo de liberação de emendas pelo Ministério da Sa

“a forma como funcionou a maquininha de liberação orçamentária mostra um aumento expressivo justamente em março, mês da “janela partidária”. Em janeiro, foram repassados R$ 5,7 bilhões. Em fevereiro, R$ 6,5 bilhões. Em março, o valor saltou para R$ 9,3 bilhões. Em abril, caiu novamente para R$ 5,8 bilhões”.

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A reportagem aponta ainda que no caso da distribuição dos valores por Estado, o ranking de liberação também chama a atenção: “somente este ano, de janeiro a abril, Minas Gerais, que tem o maior número de municípios, ficou em primeiro lugar no recebimento de emendas com R$ 293,3 milhões. São Paulo vem em segundo, com R$ 234,8 milhões. Estranho é que o terceiro lugar seja justamente Alagoas, estado de Arthur Lira, com R$ 219 milhões. E o quarto, o Piauí, de Ciro Nogueira, com R$ 186,5 milhões. Alagoas é o 17º estado em número de municípios. Piauí, o oitavo”.

De acordo com a reportagem os recursos do Ministério da Saúde podem estar influenciando o voto de políticos alagoanos: “Arthur Lira é candidato a um novo mandato como deputado. Seu pai, o senador Benedito de Lira, candidato à reeleição. Com as liberações, ambos conseguiram apoio dos prefeitos para suas eleições. Mesmo os prefeitos de outros partidos garantem a Benedito de Lira o segundo voto para o Senado. Ciro faz movimento semelhante no Piauí para obter novo mandato como senador. Em um vídeo, ele comemora com prefeitos: “Nunca se investiu tanto no Piauí”. Por influência de Ciro, o PP passou de 30 para 84 prefeituras no Estado, além de contabilizar 246 vereadores”. Leia a reportagem aqui na íntegra.

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 Arthur Lira nega e diz que a notícia é uma calúnia. Leia abaixo:

“Utilizar a máquina pública estadual para caluniar e distribuir notícias mentirosas é lamentável. Sempre fiz política buscando o consenso usando como instrumento o diálogo franco.

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É dessa forma que participo da Liderança do PP na câmera federal, e foi com muito trabalho dos membros do partido, é que conseguimos aumentar consideravelmente a nossa bancada federal.

Isso incomodou muito alguns caciques políticos, que não conseguem aceitar o nosso crescimento. Utilizar como ferramenta de trabalho, a mentira, é sinal de desespero da derrota do grupo que comanda o governo estadual.

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Quem está acostumado a mentir, a enganar, a esconder as mazelas do governo, não tem autoridade moral para denúncias, principalmente quem está envolvido até o pescoço em fraudes na saúde, utilizando recursos de salvar vidas para benefício próprio, e para comprovar é só ver a operação do desvio de 230 milhões do SUS de Alagoas, desencadeada pela polícia federal”.

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