Renan defende no Senado venda direta de etanol
O senador Renan Calheiros (MDB) defendeu a aprovação do projeto de Decreto Legislativo que permite a venda de etanol diretamente do produtor aos postos de combustíveis; “a proposta aumenta a concorrência e baixa o preço para o consumidor. É uma proposta muito importante para os produtores do Nordeste”, disse o senador;
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Por Edivaldo Júnior/Gazetaweb.com - O senador Renan Calheiros (MDB) defendeu da Tribuna do Senado, nesta terça-feira, 19, a aprovação do projeto de Decreto Legislativo que permite a venda de etanol diretamente do produtor aos postos de combustíveis.
Existem em tramitação no Congresso Nacional duas propostas que preveem que a Agência Nacional do Petróleo libere a venda direta – uma é de iniciativa do deputado federal JHC, do PSB de Alagoas e a outra é do deputado federal Mendonça Filho, do DEM de Pernambuco.
De acordo com o senador, “a proposta aumenta a concorrência e baixa o preço para o consumidor. É uma proposta muito importante para os produtores do Nordeste”, diz o senador do MDB.
No seu discurso, Renan Calheiros diz que a regra da ANP, que proíbe a venda da usina para o posto, funciona como “reserva mercado, que estimula este oligopólio. E ela é insustentável no momento que vivemos no nosso país. Porque? Porque as distribuidoras são atravessadores que do ponto de vista do lucro, do preço e até da sobrevivência do produtor cria dificuldades”.
O senador aproveitou para lembrar que Alagoas já foi um grande produtor de cana e que tem sido prejudicado por políticas como a da ANP, que cria os oligopólios: “Eu venho de um estado que já foi o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Hoje a produção do Nordeste representa apenas 7% da produção nacional”.
Renan Calheiros destacou, ainda, que o setor sucroenergético está superendividado. “Não tem onde tomar dinheiro. Nós chegamos ao cúmulo de aprovar aqui no ano que passou uma medida provisória que criava um mecanismo de seguro. Aprovamos no Senado e no Congresso Nacional. O setor privado financeiro nacional e internacional, mesmo com a garantia do governo se recusou a financiar este setor que já foi importante. O meu estado como disse já foi o maior produtor nacional. Burocratizar a proibição de que o produtor, a usina, coloque o álcool no posto de gasolina, proibir isso é um privilégio, é um absurdo com o qual não podemos concordar. Não podemo submeter o Nordeste a isso”, afirmou
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