Cotado para Ministério, alagoano enfrenta resistência da bancada de Minas
Secretário do Ministério de Minas e Energia do governo Temer entre maio de 2016 e abril deste ano, o alagoano Paulo Pedrosa é cotado para o comando do órgão; embora conte com o apoio do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão; contra ele estão Onyx Lorenzoni, que vai ocupar a Casa Civil do governo Bolsonaro, e muitos políticos, especialmente da bancada de Minas por sua gestão marcada pela licitação das concessões de usinas pertencentes à Cemig
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Por Edivaldo Júnior - A indicação pode ser confirmada nos próximos dias. Se for, será técnica e não política. Com vasta experiência no setor de energia, o alagoano Paulo Pedrosa, ex-secretário ex-secretário executivo do Ministério das Minas e Energia é o nome mais forte para o cargo no momento..
Com a manutenção do Ministério de Minas e Energia (MME) separado da Infraestrutura no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a equipe de transição deve definir ainda esta semana o nome para assumir a pasta.
Além de Paulo Pedrosa, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires também é cotado para o cargo.
Pedrosa tem, segundo diversas fontes, apoio do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, e do setor privado. Pires conta com, entre outros, com a simpatia do ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, que vai ocupar a Casa Civil.
Apesar de apoiado pelo setor privado, Pedrosa enfrenta resistência de vários políticos, especialmente da bancada de Minas Gerais na Câmara dos Deputados.
Segundo o Portal Infomoney, ex-secretário executivo do Ministério entre maio de 2016 e abril de 2018, Pedrosa teve uma gestão marcada pela licitação das concessões de três usinas pertencentes à Cemig (CMIG4), o que acabou gerando rusgas com a bancada mineira no Congresso.
Esse seria apenas um dos pontos de resistência do mundo político contra Pedrosa, que foi entusiasta da privatização da Eletrobras durante o seu período no governo de Michel Temer e mostrou oposição à política de subsídios. Desta forma, a perspectiva de privatização de Furnas e de distribuidoras do Amazonas, por exemplo, acabou gerando resistência dos políticos tradicionais e caciques regionais.
A indicação de Pedrosa, se confirmada, será estritamente por méritos técnicos. E também porque atenderia questões estratégicas de conselheiros influentes junto a Bolsonaro. Os militares consideram fundamental escolher um nome técnico e que possa fazer uma gestão distante de escândalos que envolveram o setor nos últimos anos, como os ligados à Lava Jato.
Se Pedrosa será ministro? Vamos aguardar as próximas tuitadas de Bolsonaro.
Recomendo a leitura
Para entender melhor a indicação para o MME, recomendo a leitura de reportagem da InfoMoney:
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