Coração do mundo

Um dos judeus residente há mais de 30 anos na capital paulista, entrevistado pela televisão, declarou: “O mundo deveria espelhar-se no Brasil, onde vivemos fraternalmente”



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Crescem no mundo inteiro os protestos contra o massacre dos palestinos realizado pelo governo de Benjamin Netanyahu. O próprio povo israelense condena a ação do seu governo, que até a última quarta-feira já havia provocado a morte de mais de 600 pessoas, incluindo mulheres e crianças, além de milhares de feridos. Nem os hospitais da faixa de Gaza estão livres dos bombardeios israelenses, o que levou o premier turco Tayyp Erdogan a comparar o primeiro-ministro de Israel a Adolf Hitler, que promoveu o holocausto em que foram mortos mais de 6 milhões de judeus.

O mundo assiste estarrecido à escalada da violência, sem ver nenhuma ação concreta capaz de estancar a guerra. Até agora só muita conversa, enquanto Israel continua matando civis, incluindo crianças e mulheres, em represália aos ataques do grupo Hamas, que já mataram mais de 30 judeus com seus foguetes lançados contra as cidades israelenses. É claro que os judeus têm o direito de se defender, mas não faz sentido reagir contra civis que não têm nenhuma culpa pela ação do Hamas. Seria o mesmo que considerar normal os Estados Unidos bombardearem as cidades de onde saíram os terroristas que derrubaram as torres gêmeas em Nova Iorque, matando milhares de inocentes.

A Organização das Nações Unidas, que deveria ser a guardiã da paz mundial com autoridade para intervir nesses casos, não tem forças para agir quando estão em jogo os interesses dos Estados Unidos ou de Israel. O secretário-geral Ban Ki-moon se limita a correr de um lado para o outro, tentando convencer o governo israelense e o Hamas a suspenderem o fogo, porque suas resoluções, nesses casos, não funcionam. Recorde-se que a resolução da ONU, contrária à invasão do Iraque, não impediu que o presidente George W. Bush ordenasse o ataque àquele país, estribado na falsa informação de que Saddam Hussein possuía um arsenal de armas de destruição em massa.

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A Comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, disse na quarta-feira que Israel pode ter cometido crimes de guerra ao matar civis e bombardear casas e hospitais. Ela condenou também os foguetes disparados pelo Hamas contra os israelenses. E pediu uma rigorosa investigação sobre os ataques. Segundo o último levantamento sobre o saldo da guerra, informou-se que 475 casas foram inteiramente destruídas e 2.644 parcialmente destruídas, além de 46 escolas, 56 mesquitas e 7 hospitais. São números que revelam o tamanho da ofensiva israelense. Diante desse quadro sombrio, cabe uma pergunta: até quando vai durar esse conflito milenar entre judeus e palestinos?

Em recente reportagem em São Paulo, a TV Bandeirantes mostrou que, ao contrário do que acontece na faixa de Gaza, no Brasil, os judeus e palestinos, que predominam no comércio popular da capital paulista, convivem pacificamente como irmãos, inclusive se reunindo em confraternizações. A "guerra" entre eles se limita à busca de clientes para o seu comércio. Um dos judeus residente há mais de 30 anos na capital paulista, entrevistado pela televisão, declarou: "O mundo deveria espelhar-se no Brasil, onde vivemos fraternalmente". Eles também repudiam a guerra que já matou muita gente inocente.

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O Brasil, na verdade, é o país da paz. Afora os black blocs, que adotaram a violência como prática para seus protestos, e os maus brasileiros que vivem pregando o caos, a população deste imenso país é ordeira e hospitaleira, recebendo de braços abertos os estrangeiros que aqui aportam e adotam o solo brasileiro como o seu próprio berço. A recente Copa do Mundo confirmou a hospitalidade dos brasileiros, causando em todos tão boa impressão que muitos estrangeiros decidiram voltar. O saudoso escritor Humberto de Campos, aliás, já dizia que o "Brasil é o coração do mundo e a pátria do Evangelho". E este enorme coração brasileiro, que abriga e pacífica gregos e troianos, está pulsando forte para levar a paz aos irmãos judeus e palestinos, cujos parentes encontraram aqui o aconchego com o qual todos sonham.

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