Quem burlou os dados do IBGE para distorcer os dados de distribuição de renda do País?

É necessário que a Polícia Federal investigue a mando de quem dados de indicadores sociais foram alterados com o objetivo claro de fundamentar críticas ao governo Dilma

É necessário que a Polícia Federal investigue a mando de quem  dados de indicadores sociais foram alterados com o objetivo claro   de fundamentar críticas ao governo Dilma
É necessário que a Polícia Federal investigue a mando de quem dados de indicadores sociais foram alterados com o objetivo claro de fundamentar críticas ao governo Dilma (Foto: Chico Vigilante)


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O cerco ao PT à presidenta Dilma tem alcançado neste ano eleitoral as raias do absurdo. A oposição tem um discurso único: tudo de ruim no país é culpa do PT - do fracasso de uma partida de futebol, à inflação “fora do controle”, apesar de mantida dentro o teto da meta e estar longe dos índices ocorridos no governo FHC.

Os métodos estão sendo sofisticados e as táticas extrapolam a simples repetição de mentiras. Busca-se também agora até mesmo a farsa da alteração de índices oficiais a fim de fundamentar críticas ao governo Dilma.

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Uma mostra disso foi a manipulação de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), pelo IBGE, gerando distorções no índice Gini – indicador de distribuição de renda no país.

Na sexta-feira, 19, o IBGE informou que ocorreram erros extremamente graves nos resultados da pesquisa, divulgada no dia anterior. O “equívoco” aconteceu na projeção incorreta de população em sete Estados que têm mais de uma região metropolitana. Por causa disso, dados sobre a renda dos brasileiros e sobre a concentração de renda no país foram calculados errados.

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O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, informou, segundo o Jornal Zero Hora, que os erros na Pnad foram constatados após órgãos de governo e consultorias privadas terem entrado em contato com o instituto, na tarde da quinta-feira.

Na sexta-feira os dados começaram a ser revisados e segundo o instituto, o índice passou de 0,496, em 2012, para 0,495 em 2013. Nos primeiros dados divulgados, o índice subira para 0,498, em 2013. Quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição de renda. Ou seja, se a distribuição de renda foi maior, a desigualdade diminuiu e não aumentou como parecia antes.

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Curioso é que na mesmo dia da divulgação da pesquisa pelo IBGE, o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, divulgou nota à imprensa, afirmando que alguns dados divulgados pelo IBGE da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) "evidenciam que o governo da presidente Dilma Rousseff fracassou em praticamente todas as áreas, inclusive emprego, redução da desigualdade e educação", coincidentemente em áreas onde se constatou depois a existência de “erros”.

Em discurso em São Paulo, no sábado, a presidenta Dilma disse que "mesmo com tudo isso que aconteceu, de mudarem as ponderações da Pnad, a taxa de escolarização das crianças de 4 a 5 anos atingiu 81,4 por cento em 2013. E frisou que “é bom lembrar que ela saiu de 74,4."

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Após revisados os dados pelo IBGE constatou-se que a distribuição de renda aumentou e que o brasil vive uma situação de pleno emprego. Tudo indica que mais uma vez, o discurso de Aécio Neves caiu no ridículo.

O IBGE é o responsável pela elaboração dos principais indicadores da economia nacional: índices de inflação, de emprego, de atividade industrial, desempenho do comércio, serviços, Produto Interno Bruto (PIB), taxa de investimento, etc. se não for muito bem explicada, Uma falha desta gravidade numa pesquisa estrutural, elaborada ao longo de vários meses, pode levar desconfiança a todo o resto.

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Erros do gênero não são comuns de acontecer num instituto com a expertise do IBGE, a não ser que ocorra um direcionamento para se alcançar resultados encomendados. Portanto, não podemos permitir que a credibilidade de um órgão da importância do IBGE seja abalada pela ação de irresponsáveis.

Considero de extrema importância a iniciativa da Casa Civil de criar uma comissão para apurar os fatos em torno das distorções, mas vou além: sugiro que a Polícia federal investigue o caso. Fatos desta gravidade não podem ficar impunes, sob pena dos culpados acreditarem que podem repetir a dose quando julgarem necessário.

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