Armistício político e reconstrução econômica

Os partidos no poder precisam ser reoxigenados mediante um rodízio e a ocupação de espaços, uma espécie de coabitação, sempre adotada nos regimes parlamentares europeus

Os partidos no poder precisam ser reoxigenados mediante um rodízio e a ocupação de espaços, uma espécie de coabitação, sempre adotada nos regimes parlamentares europeus
Os partidos no poder precisam ser reoxigenados mediante um rodízio e a ocupação de espaços, uma espécie de coabitação, sempre adotada nos regimes parlamentares europeus (Foto: Carlos Henrique Abrão)


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Os barulhos das urnas ainda ressoam pelos quatro cantos do País. O parlamento, ao que tudo indica, chamou para si a responsabilidade das reformas, e não importa referendo ou plebiscito, o que o Brasil mais necessita é um armistício político.

Explico, os partidos no poder precisam ser reoxigenados mediante um rodízio e a ocupação de espaços, uma espécie de coabitação, sempre adotada nos regimes parlamentares europeus.

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Na expectativa da sonhada reforma política, do fim da propaganda eleitoral gratuita e de um gerenciamento maior da justiça eleitoral, notadamente a redução do número de partidos, no máximo 7 para uma efetiva democracia, a instabilidade econômica é o mote a ser combatido.

Preços em alta, com espiral inflacionária e a produção industrial em baixa, com a repercussão acentuada da necessidade de uma reconstrução econômica.

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Os juros já subiram e essa prática será uma constante doravante, já que, na nossa disfunção da moeda e do crédito, é o único meio de não produzir mais consumo, derivado do financiamento feito por milhões de brasileiros.

A importância da inclusão social é inegável, mas não é só, existem tantas coisas que precisam ser implementadas e o nordeste foi o Estado da federação que apresentou, ao longo dos últimos anos, o maior crescimento do seu produto interno bruto, o que não corresponde necessariamente ao aumento da renda per capita.

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O que é essencial e inadiável diz respeito ao estado de governabilidade, o resultado existente e de conteúdo democrático significa que desde o dia 27 de outubro já começou o governo a montar suas metas e diretrizes.

O escopo é sairmos do maniqueísmo e aproveitarmos o que de bom e melhor se descortina em outros partidos, a fim de que possam cooperar para o renascimento de ideias e a redução das medidas provisórias.

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Nada ajuda termos uma paralisação gritante das atividades do Congresso como se verificou durante 2014, o primeiro semestre dedicado à Copa do Mundo, o segundo às eleições, é por tal ângulo de enxergar que a nova legislatura pode e deve a começar, de janeiro de 2015, a montar seu pensamento e exercer sua atividade com autonomia, independência e soberania.

A fratura republicana brasileira se deve à reeleição e notadamente aos acordos espúrios entre partidos para que fisiologicamente conquistem e permaneçam no poder.

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Essa reviravolta é imprescindível, pois a cidadania já deu seu recado e não aceita mais aumento de impostos, inflação, tarifação, com ameaça de fornecimento de água e problemas com energia se nada de água cair nas próximas semanas.

O quadro não é muito alentador diante do que se observa e daquilo que sucederá, porém as alianças internas devem semear as externas e o Brasil se posicionar com parceiros fortes, não apenas o BRIC, mas com a Europa e os EUA, para que suavize sua crise e encontre parceiros interessados no mútuo e recíproco acordo bilateral e multilateral, sem o que patinaremos na área movediça de conflitos partidários que asfixiam a governabilidade e não produzem a reconstrução da economia.

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Seriedade, transparência e cooperação entre executivo e legislativo é o primeiro sinal que o Brasil do futuro não desfalecerá.

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