Balanço final

Não falarei de perfumes, pois as rosas murcharam e os espinhos se abriram. Eis o retrato mais fiel do que foi o ano de 2014



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Não falarei de perfumes, pois as rosas murcharam e os espinhos se abriram. Eis o retrato mais fiel do que foi o ano de 2014.

Para quem se imaginava seis vezes campeão do mundo foi chocante levar de sete em casa e sem reação colocar a culpa na estrutura do futebol brasileiro, muitos embates políticos, eleições e o balanço final aponta um desequilíbrio maior de contas públicas, endividamento, e o dinheiro público jogado ralo afora com a corrupção nossa marca global.

As instituições democráticas poderão ser fortalecidas, sem dúvida, mas para tanto é preciso faxina geral e total com todos os envolvidos e o alto clero que se privilegiou da situação de poder para abrir sulcos profundos numa escalada sem tréguas para arrebatar nas licitações o néctar das vantagens ilícitas.

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A infraestrutura deu uma leve melhora e temos em 2016 os jogos olímpicos quiçá consigamos terminar em 2015 todas as obras e preparar os atletas para que vençam o desafio de pouco patrocínio, mas muito suor em busca das medalhas.

Em termos econômicos derrapamos feio, os indicadores não mentem, queda em todos os setores da indústria, alta da inflação e o dólar batendo no teto, as famílias sem poder aquisitivo e dispensas em massa nas montadoras e ainda nas construtoras.

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O modelo abraçado não foi exitoso e é preciso rever rapidamente a estrutura de financiamento com acesso ao dinheiro dos bancos públicos e o constante inadimplemento pelos mutuários.

A sofrível bolsa de valores teve um dos seus piores desempenhos de todos os tempos, chegando a quase 46 mil pontos, quando projetava no início do ano 70 mil pontos, as quebras das petroleiras atingiu o seu objetivo e a queda do petróleo colaborou em parte, mas o pior de tudo se consolidou na roubalheira e na falta de respeito ao mercado e a respectiva governança corporativa.

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A dúvida que todos colocam é se conseguiremos sair do atoleiro e entrar daqui para frente na estabilidade econômica, já que os países do BRIC atravessam idêntica situação de redução do crescimento e piora nos níveis de desenvolvimento e crescimento.

A inclusão de alguns não pode representar a desinclusão de muitos, os programas sociais precisam ter um planejamento sem que o Estado perca seu rumo com alternâncias detrimentosas ao trabalho e caridades sequer participativas em nações do primeiro mundo.

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As reformas são inadiáveis, política, partidária, tributária, para desencadearem aquela econômica, mola propulsora de uma sociedade que envelhece e tem rasgos no futuro da seguridade social.

As ruas não representam mais o caminho da segurança, a pressão deve ser feita no parlamento e o canal de comunicação aberto, os eleitos estão sendo diplomados, que em 2015 tenham juízo, bom senso e acima de tudo o mote da honestidade permanente, pois que os desmandos comprometem gerações e se a maioria dos serviços públicos se qualifica imprestável tudo isso se deve à ambição, desvios e esquemas que agora estão sendo definitivamente quebrados, e oxalá o Brasil acorde em 2015 sem o estigma do jeitinho, da propina e dos conchavos políticos de grupelhos que fazem do Brasil uma Nação sem horizontes para o inalcançável futuro de todos os que aspiram igualdade, distribuição de riqueza e uma tributação justa.

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