Rebelião de Renan não é parlamentarismo branco, é democracia!

O que o Brasil vivia era justamente o contrário, a parlamentarização do presidencialismo, com o Executivo usando o ministério para formar uma espécie de ser híbrido com o Legislativo

O que o Brasil vivia era justamente o contrário, a parlamentarização do presidencialismo, com o Executivo usando o ministério para formar uma espécie de ser híbrido com o Legislativo
O que o Brasil vivia era justamente o contrário, a parlamentarização do presidencialismo, com o Executivo usando o ministério para formar uma espécie de ser híbrido com o Legislativo (Foto: Miguel do Rosário)


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Um renomado cientista político me liga um pouco chateado com uma análise do Brasil 247, falando em “parlamentarismo branco”. Vou tentar reproduzir o que ele me disse:

“O 247 derrapou feio. Os confrontos entre Legislativo e Executivo, com o primeiro às vezes levando a melhor, não são sinal de parlamentarismo, mas configura justamente uma das características mais marcantes do sistema presidencialista, que é a separação de poderes. Isso é democracia!

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O que o Brasil vivia era justamente o contrário, a parlamentarização do presidencialismo, com o Executivo usando o ministério para formar uma espécie de ser híbrido com o Legislativo.

No presidencialismo, contudo, o confronto é a normalidade. Vide os EUA, onde a maior parte do tempo há confronto entre Legislativo e Executivo. Só que lá, por ser um país muito rico, que não depende tanto do governo, esses embates não criam (não sempre) riscos sociais e econômicos muito fortes. Aqui, às vezes, sim. Mesmo assim, temos que nos acostumar mais com isso.

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Ocorre que a Dilma ainda não aprendeu a lidar com o Legislativo. Ela tem de dialogar, sentar com os deputados, com as lideranças partidárias, negociar politicamente. É assim que se faz.

Agora, não dá para confundir confrontos pontuais com “parlamentarismo branco”, exatamente no momento em que vivemos o oposto: o Legislativo exibindo a independência que lhe é de direito num sistema presidencialista.

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O perigo disso é botar minhoca na cabeça dos parlamentares, e os incentivarem a adotarmos o parlamentarismo, o que seria um retrocesso terrível para nossa democracia, porque tiraria a soberania popular de escolher o presidente, que passaria a ser escolhido por deputados. ”

O mesmo cientista acha que a temperatura política baixou um pouco.

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“Parece que Dilma ouviu o Cafezinho. Está falando todo dia na TV. Seus ministros também estão falando mais. A coisa da Lava Jato foi isolada da Dilma. A denúncia contra o Agripino e o Aécio Neves, pelo Youssef, meio que empatou o jogo.

Agora, o ideal seria a Dilma ter um porta-voz, falando em horário marcado com a imprensa. Respondendo duramente a mídia, e dando a posição do governo. A coisa ainda está desorganizada, improvisada.”

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Concordamos que um dos pontos fracos da mídia é que ela tem de produzir uma bomba todo o dia, sob o risco de não manter a temperatura naquele grau máximo que ela deseja.

A própria crise vai se tornando um padrão normal.

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As pessoas se acostumam e, aos poucos, voltam a desejar a estabilidade, até porque pressentem, com sabedoria, que a instabilidade vai acabar estourando é no colo delas, e não dos barões da mídia.

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