Católicos romanos dão as mãos à cidadania: devolve “seu” Gilmar
Parabéns aos cristãos representados correta e justamente pela histórica CNBB, por não se trancafiarem em templos a rezar orações de costas para o povo, mas por vir ao encontro do Brasil nessa luta contra os "maus" Gilmar da vida
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Retorno ao tema da luta por uma sociedade justa com a participação dos cristãos, de preferência de modo justo e não alienado ou pela direita, na colaboração com os inimigos do povo, da democracia e do Brasil, como muitos desgraçadamente fazem, traindo a missão original de Jesus, segundo os relatos evangélicos.
Com alegria me deparo com a disposição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Igreja Católica Apostólica Romana, de pressionar o "seu" Gilmar Mendes, inadequado e despropositado ministro do Supremo Tribunal Federal, a devolver o processo de julgamento sobre financiamento privado de campanhas eleitorais, sobre o qual malandramente sentou há quase um ano.
A CNBB corretamente não levanta a voz pela justiça e pela verdade isoladamente. Une-se a entidades sérias e democráticas como a Ordem dos Advogados do Brasil, a União Nacional dos Estudantes e muitas outras que integram a "Coalização pela Reforma Política".
Depois de visita ao Presidente do STF, Ministro Ricardo Lewandowski, o Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, declarou aos repórteres: "Estamos vendo a realidade nua e crua da influência do financiamento das empresas. Gostaríamos de ver resolvida essa questão. Creio que Supremo poderá nos dar luz e ajudar a sociedade, inclusive o Congresso, com a aprovação da Adi".
O gesto impatriótico do "seu" Gilmar Mendes de sentar-se sobre o julgamento do financiamento privado das campanhas eleitorais se reveste do significado de muitas bofetadas autoritárias e safadas na cara da democracia brasileira.
O financiamento privado e empresarial das campanhas eleitorais tem o sentido de sequestrar os votos do povo brasileiro pela elite conservadora e descontente com os avanços dos direitos políticos da sociedade.
A democracia estagnou sequestrada pelos empresários, notadamente pelos bancos e pelas empreiteiras, que compram os parlamentares e executivos desde vereadores, prefeitos, governadores ao Congresso Nacional.
Isso gera monstros do tipo achincalhadores moda picareta como o "seu" Eduardo Cunha e mais 399 deputados e talvez uns 56 senadores, no dizer do ex-ministro da Educação, Cid Gomes.
É nessa mão à direita que se move o "seu" Gilmar Mendes. Este senhor protege achincalhadores, monstros e sequestradores da cidadania, cujos eleitores não conseguem votar em pessoas que realmente defendam e lutem pelos reais interesses da maioria do povo.
Cheguei muitas vezes a pensar que o "seu" Gilmar Mendes algum dia acordaria em paz com o Brasil e com a democracia, procurando usar o cargo que nasce do povo, coupando um órgão público, sustentado pelos impostos dos trabalhadores, para fazer justiça a favor da senzala e dos excluídos.
Mas que nada, este homem cercado por jagunços na sua fazenda e cidade de Mato Grosso (como denunciou o seu atual comparsa Joaquim Barbosa), amigo de Demóstenes Torres, de Marconi Perillo e de toda a horda demotucana, que adora abraços e tapas nas costas da família Marinho da Globo, de relações iníquas com o família dona da falsária Veja, de olhar rancoroso, de rosto enriquecido pelo ódio ao povo, ator de baixa qualidade e de voz feia no teatro da escabrosa Ação Pena 470, sob ordens da mídia dominante, jamais atuará em favor de mais participação popular e eleições limpas.
O "seu" Gilmar Mendes cumpre o papel do inferno ao sentar sobre a pilha de papel do processo que livraria o Brasil do lamaçal de dinheiro sujo. Tais recursos alimentam os cofres dos que sequestram a democracia a favor dos negócios rendosos. Tais maus brasileiros temem os pobres, os trabalhadores, os negros, as mulheres e os indígenas no protagonismo nas decisões políticas em favor da maioria.
É triste, mas já que o "seu" Gilmar Mendes não conhece respeito nem hierarquia, que tem no seu topo os interesses nacionais, o povo e a justiça social, o que temos fazer é colocá-lo a correr do lugar que não é para gente como ele. Abaixo assinados, pressões nas ruas, tudo vale para empurrar à margem do direito quem não age direito a favor da justiça.
Nenhum juiz dotado de um mínimo de caráter e de compromisso com a Nação faria e fará o que esse senhor pretende, ao perpetrar verdadeiro atentado à democracia brasileira.
Parabéns aos cristãos representados correta e justamente pela histórica CNBB, fundada por Dom Helder Câmara, unida à Nação e às outras entidades da "Coalização pela Reforma Política", por não se trancafiarem em templos a rezar orações de costas para o povo, mas por vir ao encontro do Brasil nessa luta contra os "maus" Gilmar da vida.
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