Deputado denuncia corte de Temer no Mais Médicos

Portaria no Diário Oficial da União modifica a lei orçamentária e tira a obrigatoriedade da destinação de R$ 3,3 bilhões para custeio do Programa Mais Médicos; tornando a despesa discricionária, o governo abre a possibilidade de corte de parte dos recursos, previstos para pagar as bolsas dos profissionais selecionados para o programa; "É uma grave ameaça ao Mais Médicos. Todo o orçamento do programa agora pode ser cortado. O Orçamento foi enviado a essa Casa, foi aprovado pelo Congresso, aí vem uma mera portaria e altera substancialmente o orçamento de um programa tão importante como esse", denuncia o deputado Jorge Solla, vice-líder do PT na Câmara

Jorge Solla
Jorge Solla (Foto: Romulo Faro)


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Bahia 247 - Portaria no Diário Oficial da União de quarta-feira (29) modifica a lei orçamentária e tira a obrigatoriedade da destinação de R$ 3,3 bilhões para custeio do Programa Mais Médicos. Tornando a despesa discricionária, o governo abre a possibilidade de contingenciamento (corte) de parte dos recursos, previstos para pagar as bolsas dos profissionais selecionados para o programa.

"É uma grave ameaça ao Mais Médicos. Todo o orçamento do programa agora pode ser cortado. O Orçamento foi enviado a essa Casa, foi aprovado pelo Congresso, aí vem uma mera portaria e altera substancialmente o orçamento de um programa tão importante como esse", denunciou nesta quinta-feira o deputado baiano Jorge Solla, vice-líder do PT na Câmara.

O deputado lamentou o que chamou de "desmonte do Mais Médicos". Segundo ele, a medida afeta diretamente a iniciativa. "Quem mais vai se inscrever ou vai continuar a participar de um programa que a qualquer momento pode ter seus recursos cortados ou, ainda pior, que pode atrasar seu salário? A presidente Dilma, à custa de muito esforço, venceu a resistência que os profissionais brasileiros tinham ao Mais Médicos, deu credibilidade ao programa, e agora o governo golpista propositalmente retira essa credibilidade, desmonta um dos programas mais bem-sucedidos de ampliação do acesso à saúde dos últimos anos", disse o petista.

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Cubanos

Mais da metade dos 1.302 profissionais contratados para atuar em mais de 600 localidades estão sem receber seus salários desde fevereiro - cada um recebe cerca de R$ 12 mil. Eles foram contratados, por determinação do governo Temer, para substituir cubanos que atuavam no programa.

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Instituído em 2013 pela presidente eleita Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos ampliou a assistência na Atenção Básica, fixando médicos nas regiões onde não havia esse profissional. Por meio do Programa, 18.240 médicos passaram a atender à população de 4.058 mil municípios, cobrindo 72,8% do total de municípios do país e os 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs).

Até meados do ano passado, cerca de 63 milhões de brasileiros foram beneficiados. Antes do programa, cinco estados brasileiros possuíam menos de um médico para cada mil pessoas, enquanto 700 municípios não dispunham de nenhum médico na atenção básica.

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