A Praça Tahir é aqui
Movimento saiu das redes sociais e ocupou a Praça Cívica, em Goiânia
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Milhares nas ruas. Estudantes, professores, militantes, engajados, não-engajados, jovens, velhos. O #ForaMarconi saiu das redes sociais e levou cerca de cinco mil pessoas à Praça Cívica, no centro de Goiânia.
Vale dizer que o movimento nasceu expontâneo e tornou-se viral na rede via Facebook e twitter daqueles que queriam se posicionar criticamente ao governo, escandalizados pelas denuncias que vieram à tona com a Operação Monte Carlo da Polícia Federal. E tal qual os estudantes egípcios na Praça Tahir no Cairo, os goianienses foram às ruas manifestar indignação contra um ambiente de decepção com representantes públicos, censura à imprensa, ataques de hackers contra as redes sociais e repressão aos movimentos sociais.
O manifesto que encontrou ambiente hostil na Praça Cívica, desceu pela Avenida Goias em direção a Praça do Bandeirante, ponto histórico de manifestaçōes em Goiânia, e após protestos, seguiu nova passeata encerrando o #ForaMarconi na porta do Palácio Pedro Ludovico, sede administrativa do governo de Goiás.
Vale o registro da espontaneidade do movimento na fala de dois estudantes, após a manifestação:
- Véi foi demais, eu desci a Avenida Goias e as pessoas me olhando, aí eu lembrei que ainda tava com a cara-pintada.
- E aquele cara que subiu lá(no trio elétrico) e quis fazer discurso, de que era do representante do PSOL e coisa e tal…
- Pois é foi vaiado. O movimento é nosso, não é partidário, sai fora!
- A gente tem que ir pra rua, pra rua. Se a gente não falar nada o povo esquece. Fica aí esse governo mentindo, fazendo rolo e o povo não fica sabendo.
- É e aí esquece como esqueceu o Arruda…
- Esse negócio é grave e ninguém faz nada, o irmão do outro tá lá no MP e dizem que nem sai da sala.
- As sete(19h) é pra todo mundo pôr as fotos e os videos não face.Vai bombar
- Dia 21 tem outra, vai dar muito mais gente.
- Vai sim, vai sim.
Já foi dito como jarguão de uma campanha vitoriosa nas eleçōes em Goiás no ano de 1998:
“O povo quando quer pōe e quando quer tira do poder”.
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