Garimpeiros denunciam mineradora no Congresso

Veteranos de Serra Pelada acusam companhia canadense Colossus de usurpar o patrimônio deles; protesto acontece no momento em que é lançado o filme Serra Pelada, de Heitor Dhalia (foto)

Veteranos de Serra Pelada acusam companhia canadense Colossus de usurpar o patrimônio deles; protesto acontece no momento em que é lançado o filme Serra Pelada, de Heitor Dhalia (foto)
Veteranos de Serra Pelada acusam companhia canadense Colossus de usurpar o patrimônio deles; protesto acontece no momento em que é lançado o filme Serra Pelada, de Heitor Dhalia (foto) (Foto: Gisele Federicce)


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No momento em que é lançado o filme Serra Pelada, de Heitor Dhalia, garimpeiros denunciam, hoje na Câmara dos Deputados que estão sendo roubados por uma mineradora canadense. Sócia majoritária da empresa Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), a Colossus desde 2007 vem sendo acusada de fraudes pela sócia minoritária, a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que reúne quase 40 mil garimpeiros que participaram da exploração da maior mina de ouro do Brasil. As denúncias contra a holding estrangeira serão apresentadas hoje na audiência pública convocada pela Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Púlbico, no plenário 3 da Câmara dos Deputados.

Além dos garimpeiros, participarão do debate representantes da Caixa Econômica Federal, do Ministério Público e da Assembleia Legislativa do Pará. O advogado Daniel Vilas Boas falará pela empresa Colossus. A expectativa é que mais de 500 garimpeiros que hoje moram na região se manifestem do lado de fora da Câmara dos Deputados.

A principal reivindicação dos 38 mil garimpeiros associados da Coomigasp é de que seja honrado o contrato com a Colossus, aprovado em assembleia em 2007, estipulando 49% das ações para a Cooperativa e 51% das ações para a empresa canadense. Atualmente, segundo os garimpeiros por meio de manobras fraudulentas comprovadas por documentos, a Colossus teria usurpado 24% das ações da Coomigasp, reduzindo a participação dos garimpeiros a 25%.

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Para presidente da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, Vitor Albarado, a situação é insustentável e imoral. "Isso é uma agressão contra a comunidade garimpeira", protesta o presidente da Coomigasp.

Irregularidades apontadas pelo relatório do Comitê de Orçamentos Administrativos e Financeiros da Receita Federal (COAF), entre a Colossus e a antiga diretoria da Coomigasp, como corrupção, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e formação de quadrilhas, também virão à tona no debate.

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"Tem muitas coisas erradas no submundo do crime acontecendo em Curionópolis com que o Ministério Público deveria se preocupar", aponta Vitor Albarado, eleito presidente da maior Cooperativa de Garimpeiros de Serra Pelada, em junho deste ano, com quase 100% dos votos.

Da realidade para a ficção – Os imbróglios entre os garimpeiros do Pará e a mineradora canadense Colossus vêm à tona justamente na semana em que estreia nos cinemas de todo o país, na próxima sexta-feira (18), o drama Serra Pelada. Dirigido por Heitor Dhalia e tendo no elenco os atores Wagner Moura e Juliano Cazarré, o filme, atração na festa de encerramento do Festival de Cinema do Rio de janeiro, conta com realismo e aventura, a história de quem um dia viveu o sonho de "bamburrar" da noite para o dia.

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Na trama, os amigos de infância Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) deixam São Paulo rumo à Serra Pelada com a esperança de ganhar muito dinheiro explorando ouro na região. Com o tempo eles percebem que por trás do brilho das petitas douradas escondem um enredo macabro de ganância desmedida, violência, vingança e traição.

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