Sindicato de Chico Mendes expõe contradições de Marina Silva

Nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), fundado por Chico Mendes, contesta afirmações da candidata, como a de que ele seria representante da "elite nacional"; assinado pelo atual presidente do sindicato, José Alves, texto coloca Chico, morto por fazendeiros em 1988, como um sindicalista, não um ambientalista que se une ao capital; sindicato também condena a política ambiental "idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais"

Nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), fundado por Chico Mendes, contesta afirmações da candidata, como a de que ele seria representante da "elite nacional"; assinado pelo atual presidente do sindicato, José Alves, texto coloca Chico, morto por fazendeiros em 1988, como um sindicalista, não um ambientalista que se une ao capital; sindicato também condena a política ambiental "idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais"
Nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), fundado por Chico Mendes, contesta afirmações da candidata, como a de que ele seria representante da "elite nacional"; assinado pelo atual presidente do sindicato, José Alves, texto coloca Chico, morto por fazendeiros em 1988, como um sindicalista, não um ambientalista que se une ao capital; sindicato também condena a política ambiental "idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais" (Foto: Gisele Federicce)


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Blog do Esmael - Um texto que circula pelas redes sociais desde ontem (27), data da sua publicação, chama a atenção por expor contradições da candidata à presidência, Marina Silva, em relação a sua origem ambientalista no Acre. O texto é assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), José Alves e pelo assessor jurídico, Waldemir Soares. Chico Mendes foi um dos fundadores desse sindicato em 1975. Ele foi assassinado em 1988 por fazendeiros contrários a sua luta pelos direitos dos trabalhadores extrativistas da floresta.

Como o sindicato não possui página na internet, o Blog do Esmael entrou em contato por telefone com a entidade e em conversa com o presidente José Alves foi verificada a autenticidade do texto que reproduzimos a seguir:

Diante da declaração da candidata à Presidência da República para as próximas eleições, Marina Silva, onde esta coloca o companheiro Chico Mendes junto a representantes da elite nacional, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), legítimo representante do legado classista do companheiro Chico, vem a público manifestar-se nos seguintes termos:

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Primeiramente, o companheiro Chico foi um sindicalista e não ambientalista, isso o coloca num ponto específico da luta de classes que compreendia a união dos Povos Tradicionais (Extrativistas, Indígenas, Ribeirinhos) contra a expansão pecuária e madeireira e a consequente devastação da Floresta. Essa visão distorcida do Chico Mendes Ambientalista foi levada para o Brasil e a outros países como forma de desqualificar e descaracterizar a classe trabalhadora do campo e fortalecer a temática capitalista ambiental que surgia.

Em segundo, os trabalhadores rurais da base territorial do Sindicato de Xapuri (Acre), não concordam com a atual política ambiental em curso no Brasil idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais. Essa política prejudica a manutenção da cultura tradicional de manejo da floresta e a subsistência, e favorece empresários que, devido ao alto grau de burocratização, conseguem legalmente devastar, enquanto os habitantes das florestas cometem crimes ambientais.

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Terceiro, os candidatos que compareceram ao debate estão claramente vinculados com o agronegócio e pouco preocupados com a Reforma Agrária e Conflitos Fundiários que se espalham pelo Brasil, tanto isso é verdade, que o assunto foi tratado de forma superficial. Até o momento, segundo dados da CPT, 23 lideranças camponesas foram assassinadas somente neste ano de 2014. Como também não adentraram na temática do genocídio dos povos indígenas em situação alarmante e de repercussão internacional.

Por fim, os pontos elencados, são os legados do companheiro Chico Mendes: Reforma Agrária que garanta a cultura e produção dos Trabalhadores Tradicionais e a União dos Povos da Floresta.

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Xapuri, 27 de agosto de 2014

José Alves – Presidente

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Waldemir Soares – Assessor Jurídico

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