Após longa estiagem, chuva no Sudeste deve durar até segunda

A partir da tarde desta sexta-feira 31, as pancadas de chuva deverão ser mais frequentes e abundantes em toda a Região Sudeste, que sofre com níveis recordes de baixa nos reservatórios. Os períodos de chuva devem se repetir todas as tardes, pelo menos, até segunda-feira 3

   Vargem (SP)24 07 2014 sistema Cantareira foto Fernanda Carvalho Fotos Publicas
Vargem (SP)24 07 2014 sistema Cantareira foto Fernanda Carvalho Fotos Publicas (Foto: Gisele Federicce)


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Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil 

A partir da tarde de hoje (31), as pancadas de chuva deverão ser mais frequentes e abundantes em toda a Região Sudeste, que sofre com níveis recordes de baixa nos reservatórios. Os períodos de chuva devem se repetir todas as tardes, pelo menos, até segunda-feira (3). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o sistema de alta pressão atmosférica que mantém o ar mais quente e seco próximo à Terra vinha bloqueando a entrada de frentes frias e a ocorrência de áreas de instabilidade no país. Esse fenômeno impedia a formação de nuvens.

"Mas, já estamos notando esta alta pressão deslocada para o oceano, o que promove episódios de convergência da umidade da Amazônia", diz a meteorologista do Inmet Helena Turon Balbino.

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No entanto, a ocorrência de precipitações dentro da normalidade para o período não será ainda suficiente para repor, de imediato, a água dos principais mananciais de abastecimento da cidade de São Paulo e de municípios vizinhos. O monitoramento diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), desde 2003, indica que o nível de armazenamento do Cantareira nunca havia ficado tão baixo. O sistema é o mais importantes entre os seis administrados pela Sabesp e atende ao consumo de 6,5 milhões de pessoas.

Nos últimos 11 anos, sem considerar a situação atípica de 2014, em que foi preciso usar a reserva técnica (água que fica abaixo da captação por gravidade), o menor nível do Cantareira foi registrado em 2003 (5,4%). Já o quadro mais confortável da captação disponível para a distribuição foi constatado em 2009, quando o nível de água armazenada chegou a 80,7% da capacidade de operação do sistema.

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O menor nível da reserva útil este ano chegou a 8,2%, em 16 de maio. Naquele dia, em uma decisão do governo paulista para evitar um colapso no abastecimento, entrou em operação o bombeamento da primeira cota da reserva técnica, que ajudou a elevar o volume para 26,7%. Como a estiagem se prolongou de forma drástica durante todo o inverno e começo da primavera com temperaturas acima do normal para essas estações, no último dia 23, essa marca já tinha recuado para 3%.

Desde o último dia 24, a Sabesp passou a informar apenas o índice que engloba o volume da segunda cota da reserva técnica (com acréscimo de 105 bilhões de litros), mas que ainda não está sendo bombeada. Isso fez com que naquele dia o índice subisse para 13,6%. Hoje, o nível indica 12,4% ante 12,6 medido ontem (30).

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Além da baixa na captação de água, o tempo seco tem afetado a vegetação em torno das represa, por exemplo, a mata da Serra da Cantareira, existente próximo à Barragem Paiva Castro, em Mairiporã. Parte das árvores e da vegetação rasteira foi consumida por incêndios ou secou por falta de umidade.

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