Polícia Federal investiga pagamento a Nizan Guanaes

O ex-presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, foi interrogado no último dia 9, em Lisboa, por meio de carta rogatória, a pedido da Polícia Federal; o motivo é a investigação de um pagamento de 2,6 milhões de euros feito pela empresa de telecomunicações a fornecedores do PT nas campanhas de 2002, a partir de uma denúncia do empresário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470; Valério afirmou que o publicitário Nizan Guanaes, da agência África, recebeu recursos não contabilizados, fora do País, pelos serviços prestados na campanha de Jorge Bittar ao governo do Rio

O ex-presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, foi interrogado no último dia 9, em Lisboa, por meio de carta rogatória, a pedido da Polícia Federal; o motivo é a investigação de um pagamento de 2,6 milhões de euros feito pela empresa de telecomunicações a fornecedores do PT nas campanhas de 2002, a partir de uma denúncia do empresário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470; Valério afirmou que o publicitário Nizan Guanaes, da agência África, recebeu recursos não contabilizados, fora do País, pelos serviços prestados na campanha de Jorge Bittar ao governo do Rio
O ex-presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, foi interrogado no último dia 9, em Lisboa, por meio de carta rogatória, a pedido da Polícia Federal; o motivo é a investigação de um pagamento de 2,6 milhões de euros feito pela empresa de telecomunicações a fornecedores do PT nas campanhas de 2002, a partir de uma denúncia do empresário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470; Valério afirmou que o publicitário Nizan Guanaes, da agência África, recebeu recursos não contabilizados, fora do País, pelos serviços prestados na campanha de Jorge Bittar ao governo do Rio (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Uma investigação paralela do chamado "mensalão" pode respingar no publicitário Nizan Guanaes, dono das agências África e DM9 e um dos mais conhecidos do País. A apuração é fruto de uma denúncia feita pelo empresário Marcos Valério de Souza, condenado na Ação Penal 470 a 40 anos de prisão. Segundo ele, a Portugal Telecom pagou 2,6 milhões de euros a fornecedores do PT, que atuaram nas campanhas de 2002. Um desses fornecedores seria Nizan Guanaes.

De acordo com reportagem do jornal O Globo (leia aqui), que por razões provavelmente comerciais omite o nome de Nizan, o processo avançou. No último dia 9 de janeiro, foi interrogado, em Lisboa, por meio de carta rogatória, o executivo Miguel Horta e Costa, ex-presidente da Portugal Telecom. Em 2005, ele teria sido visitado pelo empresário Marcos Valério e por Emerson Palmieri, à época tesoureiro do PTB, em Lisboa. Naquele encontro, teria sido acertado o pagamento aos fornecedores do PT por meio de uma subsidiária da Portugal Telecom em Macau. Os portugueses pagaram, segundo Valério, porque tinham interesse em adquirir a Telemig Celular.

Um dos credores do PT, beneficiado na transação, segundo Valério, seria o publicitário Nizan Guanaes, que, em 2002, fez a campanha ao governo do Rio do então candidato Jorge Bittar. Além dele, os recursos também teriam sido usados para pagar showmícios da dupla Zezé di Camargo & Luciano (leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo a respeito).

O alvo é o ex-presidente Lula

Embora Nizan seja um dos principais beneficiários da transação apontada por Valério, o foco do jornal O Globo, em sua reportagem de hoje, é outro: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com dois parlamentares da oposição, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o senador Agripino Maia (DEM-RN), o pagamento teria sido determinado por Lula. E os dois não escondem aonde querem chegar. "Nós vamos agir em duas frentes para saber se há previsão de ouvir o ex-presidente Lula aqui. Primeiro vou solicitar ao procurador Rodrigo Janot o envio de informações sobre o depoimento do ex-executivo da Portugal Telecom. Se ele não teve acesso ao processo que corre em Portugal, então nós vamos propor a criação de uma comissão externa do Senado para ir lá acompanhar o processo. Se o ministro Janot já estiver de posse dessas informações e der conhecimento ao Senado, não há necessidade de irmos lá", disse Caiado.

Maia foi mais longe. "A providência de requerer o depoimento do senhor Miguel Horta é o primeiro e fundamental passo. Se o processo não anda aqui, pode andar lá. Portugal e Espanha estão dando especialíssima atenção a investigações de crimes do colarinho branco envolvendo políticos. Se há conexão com o PT e Lula, aqui, vai ter desdobramentos. Lula pode acabar sendo apanhado por uma circunstância secundária ao mensalão", afirmou.

O Instituto Lula afirmou ao jornal que não há novidades no caso. "É a mesma do Marcos Valério, de 2012, não? Sem novidades. Falou disso na época para a Imprensa", respondeu a assessoria do ex-presidente Lula.

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