PF investiga advogado da Odebrecht na Lava Jato

O advogado da Odebrecht Augusto de Arruda Botelho está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter comprado de policiais dossiês com informações sigilosas ou falsas para desqualificar os delegados da Operação Lava Jato e prejudicar as investigações; a polícia suspeita de que anotações encontradas no bloco de notas do celular do presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, que está preso desde 19 de junho, possam ter alguma relação com a suposta estratégia ilegal para atrapalhar as apurações

O advogado da Odebrecht Augusto de Arruda Botelho está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter comprado de policiais dossiês com informações sigilosas ou falsas para desqualificar os delegados da Operação Lava Jato e prejudicar as investigações; a polícia suspeita de que anotações encontradas no bloco de notas do celular do presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, que está preso desde 19 de junho, possam ter alguma relação com a suposta estratégia ilegal para atrapalhar as apurações
O advogado da Odebrecht Augusto de Arruda Botelho está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter comprado de policiais dossiês com informações sigilosas ou falsas para desqualificar os delegados da Operação Lava Jato e prejudicar as investigações; a polícia suspeita de que anotações encontradas no bloco de notas do celular do presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, que está preso desde 19 de junho, possam ter alguma relação com a suposta estratégia ilegal para atrapalhar as apurações (Foto: Romulo Faro)


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247 - O advogado da Odebrecht Augusto de Arruda Botelho está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter comprado de policiais dossiês com informações sigilosas ou falsas para desqualificar os delegados da Operação Lava Jato e prejudicar as investigações.

A polícia suspeita de que anotações encontradas no bloco de notas do celular do presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, que está preso desde 19 de junho, possam ter alguma relação com a suposta estratégia ilegal para atrapalhar as apurações, conforme publicação do jornal Folha de São Paulo.

Um dos textos dizia: 'Trabalhar para anular (dissidentes PF...)', o que foi interpretado pela polícia como sinal de que ele pretendia fazer algo para acabar com a investigação. A Odebrecht nega essa versão. Os 'dissidentes' da anotação, segundo suspeita da PF, podem ser os mesmos policiais que teriam vendido as informações secretas.

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A PF colheu indícios de que o preço dos dados sigilosos pode ter variado de R$ 500 mil e R$ 2 milhões. Entre as informações que teriam sido vendidas, estavam datas de prisões e buscas em empreiteiras, o que permitiria às empresas esconder material que poderia ser apreendido.

Um delegado e um ex-agente da PF são os principais suspeitos pela suposta venda, segundo a portaria que instaurou o inquérito. Paulo Renato de Souza Herrera foi um dos primeiros críticos dos delegados da Lava Jato e está afastado para tratamento psicológico. O ex-agente é Rodrigo Gnazzo.

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Outro advogado, Marden Maués, que atuou na defesa da doleira Nelma Kodama, também aparece na investigação sob suspeita de que teria ajudado os policiais a negociar informações secretas, ainda segundo a Folha.

Botelho e Maués refutam as suspeitas e dizem que o inquérito é uma tentativa da PF de constrangê-los por terem apontado irregularidades na Lava Jato.

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Indícios

Um dos indícios apontados pela PF de que houve venda de informações foi a publicação de uma reportagem sobre mensagens que os delegados da Lava Jato trocavam num grupo fechado do Facebook.

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Como só policiais da Lava Jato faziam parte do grupo, a suspeita é que o delegado investigado tenha vendido essas informações para desqualificar politicamente o grupo.

As mensagens mostravam os delegados elogiando o então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, e criticando o ex-presidente Lula.

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Numa das mensagens, o delegado Márcio Anselmo dizia 'alguém segura essa anta, por favor', ao comentar uma notícia sobre Lula. A reportagem foi publicada em novembro de 2014 pelo jornal O Estado de São Paulo.

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