Odebrecht articulou carta contra a Lava Jato

Manifesto assinado por 104 advogados e juristas criticando os métodos dos juízes e procuradores da investigação foi elaborada pelo advogado Nabor Bulhões após encontro com o patriarca Emílio em Salvador; Marcelo Odebrecht, o réu mais importante da Lava Jato, teria entrado em desespero após ver negado seu pedido de liberdade pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, no início do mês  

Manifesto assinado por 104 advogados e juristas criticando os métodos dos juízes e procuradores da investigação foi elaborada pelo advogado Nabor Bulhões após encontro com o patriarca Emílio em Salvador; Marcelo Odebrecht, o réu mais importante da Lava Jato, teria entrado em desespero após ver negado seu pedido de liberdade pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, no início do mês
 
Manifesto assinado por 104 advogados e juristas criticando os métodos dos juízes e procuradores da investigação foi elaborada pelo advogado Nabor Bulhões após encontro com o patriarca Emílio em Salvador; Marcelo Odebrecht, o réu mais importante da Lava Jato, teria entrado em desespero após ver negado seu pedido de liberdade pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, no início do mês   (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - A defesa de Marcelo Odebrecht, comandada pelo advogado Nabor Bulhões, foi responsável pelo manifesto que acusa a força tarefa da Operação Lava Jato de usar métodos piores que os da ditadura e compara a investigação à Inquisição. O documento é assinado por 104 advogados, entre defensores dos réus da ação e personalidades do meio jurídico dissociadas dos processos.

Segundo a Folha, citando 10 dos nomes que assinam a carta, Bulhões teria sugerido a iniciativa após ter sido acusado de incompetência por Marcelo Odebrecht. O jornal sustenta que o réu mais importante da Lava Jato entrou em desespero após ter negado seu pedido de liberdade pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

A carta provocou reações fortes dos procuradores e juízes da Lava Jato, que a acusaram de ser "falatório" e parte de um "complô" dos advogados. O presidente do PT, Rui Falcão, soltou uma nota apoiando-a.

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Nabor, que disse ter assinado a carta como profissional do direito, não como advogado de Marcelo, entende que atribuir protagonismo a algum advogado pela elaboração do documento "seria ignorar o sentimento geral de perplexidade" dos que o assinaram.

A estratégia teve também a participação de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, de Mônica, mulher do executivo, e advogados da empresa. A ideia de criticar os métodos da Lava Jato foi acertada entre Nabor e Emílio em Salvador.

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Emílio ligou para advogados que estavam relutantes em assinar o documento.

"Eu não sei quem patrocinou a carta. Eu mudaria algumas coisas com as quais não concordo. Acho que não faz sentido falar em ditadura quando estamos num Estado democrático. Se foi estratégia da Odebrecht ou não, o que não sei, isso não muda em nada o manifesto. O que interessa são as ideias", afirma Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende políticos como o senador Edison Lobão (PMDB-MA) na Lava Jato.

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