Delator diz que Dias fez lobby para destravar obra
Em e-mail para Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, dono da UTC, Ricardo Pessoa, cita lobby do ex-ministro do Trabalho Manoel Dias (PDT) para contornar problemas trabalhistas em obras da Petrobras; caso se refere à construção de plataformas de petróleo e cascos de navios, encomendados pela Petrobras à Engevix e a um consórcio formado por Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás e UTC, obra travada pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, em 2013, por irregularidades; de acordo com Pessoa, o então ministro foi procurado e, a partir daí, Dias "acionou" o ex-deputado estadual, também do PDT, Heron Oliveira, nomeado superintendente regional do Trabalho de Porto Alegre pela segunda vez em maio de 2013
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247 - Um e-mail do dono da UTC, Ricardo Pessoa, delator da Lava Jato, cita lobby do ex-ministro do Trabalho Manoel Dias (PDT) para contornar problemas trabalhistas em obras da Petrobras. O documento foi entregue por ele à PGR (Procuradoria Geral da República).
Segundo reportagem de Rubens Valente, o caso se refere à construção de plataformas de petróleo e cascos de navios, encomendados pela Petrobras à Engevix e a um consórcio formado por Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás e UTC.
Em maio de 2013, as obras estavam paralisadas em decorrência da ação do MPT (Ministério Público do Trabalho) no Rio Grande do Sul. Entre as irregularidades apontadas estavam jornada de trabalho "estendida, inclusive com trabalhos aos domingos e sem respeitar o descanso semanal obrigatório", problemas com a segurança e "condições de trabalho, o que inclui alojamentos próprios e de subcontratadas".
De acordo com Pessoa, em e-mail direcionado ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Aroldo Cedraz, o então ministro foi procurado e, a partir daí, Dias "acionou" o ex-deputado estadual, também do PDT, Heron Oliveira, nomeado superintendente regional do Trabalho de Porto Alegre pela segunda vez em maio de 2013.
Procurado, o ex-ministro do Trabalho Manoel Dias disse não se recordar do caso. "Normalmente nós recebíamos uma solicitação e nós pedíamos, no caso ao superintendente, que se fizesse um levantamento e nos dissesse qual era a situação. Porque talvez fosse o resultado de alguma ação fiscal" (leia aqui).
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