Militante é morto em Guarulhos. Cumprida a profecia de Verissimo?
Foi assassinado, nesta tarde, em Guarulhos (SP) o advogado Leandro Balcone, que vinha participando dos movimentos de rua a favor do impeachment; ele levou tiros e uma facada, mas ainda não foram divulgados suspeitos; tanto o Movimento Brasil Livre como o Partido dos Trabalhadores divulgaram notas de pesar; "Balcone era um companheiro de lutas nessa cidade, e é uma grande perda nessa caminhada", disse o MBL; "O PT de Guarulhos espera das autoridades policiais ação rápida no sentido de elucidar os fatos e punir com rigor os autores", apontou o PT; neste fim de semana, o escritor Luis Fernando Verissimo previu que o ambiente de ódio instalado no País logo produziria seu primeiro cadáver, mas ainda não se sabe se o crime teve alguma motivação política
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247 – O ambiente de ódio instalado no Brasil pode ter produzido seu primeiro cadáver, como previu, neste domingo, o escritor Luis Fernando Verissimo.
Foi assassinado, nesta tarde, em Guarulhos (SP) o advogado Leandro Balcone, que vinha participando dos movimentos de rua a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ele levou tiros e uma facada, mas os suspeitos ainda não foram identificados pela política.
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Depois da morte, tanto o Movimento Brasil Livre como o Partido dos Trabalhadores se manifestaram.
“É com imensa tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Leandro Balcone. Balcone era um companheiro de lutas nessa cidade, e é uma grande perda nessa caminhada. Que a família e os amigos recebam o conforto e a paz necessária nesses momentos”, diz a nota do MBL Guarulhos.
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“O PT de Guarulhos lamenta a morte trágica e violenta do advogado criminalista Leandro Balcone. O Partido dos Trabalhadores tem como premissa a transformação da sociedade pela disputa no campo das ideias; respeita e convive com os pensamentos divergentes. Repudiamos todo e qualquer ato de violência que atente contra a integridade física e psicológica do ser humano. O PT de Guarulhos espera das autoridades policiais ação rápida no sentido de elucidar os fatos e punir com rigor os autores. Prestamos nossos sentimentos à família e a comunidade política", informa a nota do PT.
Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre a previsão de Luis Fernando Verissimo:
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VERISSIMO PREVÊ CADÁVER E DIZ QUE MORO PODE TUDO
"Do jeito que vão as coisas e as pessoas, entramos num período de expectativa técnica: quem será o primeiro cadáver dessa guerra? Não se sabe seu gênero, sua idade, sua raça ou o que o matará – mas ele toma forma, e vem vindo. Depois, os dois lados se culparão mutuamente pela sua morte, e todos lamentarão a tragédia – o que para ele não fará a menor diferença", avisa o escritor Luis Fernando Verissimo, um dos maiores intelectuais brasileiros, sobre o clima de pré-guerra civil instalado no País; em sua crônica, ele também critica o que considera abusos do Paraná; "as leis brasileiras foram simplificadas a uma só diretriz: o Moro pode tudo"
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20 DE MARÇO DE 2016 ÀS 05:45
247 – O escritor Luis Fernando Verissimo, um dos principais intelectuais brasileiros, publicou um importante alerta em sua coluna "O primeiro morto", publicada neste domingo em vários jornais.
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"Do jeito que vão as coisas e as pessoas, entramos num período de expectativa técnica: quem será o primeiro cadáver dessa guerra? Na convulsão que toma as ruas, nos enfrentamentos constantes e nos choques de ódios que se repetem, está se gerando o primeiro morto. Não se sabe como ele será. Por enquanto, é apenas uma suposição do que ainda não aconteceu, um fantasma precoce do que ainda não existe. Não se sabe seu gênero, sua idade, sua raça ou o que o matará – mas ele toma forma, e vem vindo. Depois, os dois lados se culparão mutuamente pela sua morte, e todos lamentarão a tragédia – o que para ele não fará a menor diferença."
Na mesma crônica, ele também critica o que considera abusos do Paraná, como a condução coercitiva do ex-presidente Lula, determinada pelo juiz Sergio Moro no dia 4 de março deste ano. "As leis brasileiras foram simplificadas a uma só diretriz: o Moro pode tudo".
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