Verdadeiros traficantes estão na Barra ou em Miami, diz ex-ministro

"Quando falam em crime organizado na favela, é uma piada, porque os organizadores não estão [ali]. Aqueles são pés de chinelo intermediários, os traficantes moram na Barra ou em Miami", diz o ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, que classifica a intervenção militar no Rio como oportunista e com características de apartheid contra a população negra e parda

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247 - Ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, aos 74 anos, criticou duramente a intervenção militar no Rio de Janeiro. 

Nos últimos 30 anos, pelo menos, não houve grave violação ou ameaça a direito com que não tenha se batido sobre seu cavalo. Uma de suas grandes contribuições foi o Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo), que ajudou a fundar em 1987, para produzir dados sobre violência e subsidiar políticas públicas.

Sua intervenção foi também governamental: secretário de Estado dos Direitos Humanos no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (secretaria com status de ministério) e relator dos primeiros programas nacionais de direitos humanos, marcos da consolidação da democracia no Brasil após o período de exceção da ditadura militar (1964-85).

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Depois vieram posições nas principais entidades internacionais de arbitragem e paz. Hoje, especificamente, preside a comissão de inquérito da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a guerra na Síria, desde 2011.

Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1944 e morou até 1967, Paulo Sérgio Pinheiro não esconde oposição à intervenção federal com emprego das Forças Armadas no Rio, decretada no dia 16 de fevereiro último. Para ele, é medida eleitoreira e oportunista fadada ao fracasso, com características de apartheid contra a população negra e parda.

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"Quando falam em crime organizado na favela, é uma piada, porque os organizadores não estão [ali]. Aqueles são pés de chinelo intermediários, os traficantes moram na Barra ou em Miami", aponta.

As informações são de reportagem de Guilherme Azevedo no UOL.

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