Universidades espionaram e forneceram informações ao SNI durante regime

A Comissão da Memória e Verdade da UFSC afirmou em relatório que, durante a ditadura militar, o reitor e membros da administração assumiram, abre aspas: “o papel de espionagem, denúncia, censura, repressão e controle ideológico de alunos e professores”; o texto menciona que, a partir de 1972, durante o governo de Garrastazu Medici, a universidade montou uma estrutura chamada de “Assessoria de Segurança e Informação (AESI)”, que municiava o Serviço Nacional de Informações (SNI), braço violento do regime militar

Ato realizado em 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade publicou lista oficial de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura 
Ato realizado em 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade publicou lista oficial de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura  (Foto: Gustavo Conde)


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247 - A Comissão da Memória e Verdade da UFSC afirmou em relatório que, durante a ditadura militar, o reitor e membros da administração assumiram, abre aspas: “o papel de espionagem, denúncia, censura, repressão e controle ideológico de alunos e professores”. O texto menciona que, a partir de 1972, durante o governo de Garrastazu Medici, a universidade montou uma estrutura chamada de “Assessoria de Segurança e Informação (AESI)”, que municiava o Serviço Nacional de Informações (SNI), braço violento do regime militar.

“Formada por militares e civis, a AESI da UFSC enviava relatórios quinzenais ao SNI, segundo evidências encontradas pelos pesquisadores da comissão. Essa vigilância institucional dentro do campus levou a “demissões, não-contratações e perseguições internas políticas”, segundo o relatório. Ao longo da ditadura, houve dez assassinatos e três desaparecimentos por motivações políticas em Santa Catarina - nenhum deles era estudante da UFSC.

No caso da USP, a Comissão da Verdade estima que até 10% dos mortos ou desaparecidos políticos no Brasil tivessem alguma relação com a instituição. De 434 pessoas que morreram ou desapareceram no país devido a abusos do Estado entre 1946 e 1988, 47 eram funcionários, professores ou alunos da universidade. Assim como a UFSC, a USP também tinha uma AESI subordinada à reitoria. Segundo a Comissão da Verdade da USP, a AESI colaborou com a perseguição política e reuniu evidências de formatações ideológicas e administrativas no período.

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