Com alta do barril, pré-sal vira uma barganha para petroleiras

A recuperação dos preços do petróleo nas últimas semanas, para os patamares mais altos em três anos, está reforçando o caixa das petroleiras internacionais para os leilões do pré-sal dos próximos meses, que deverão se tornar uma verdadeira barganha; com o aumento nos preços e a decisão do governo Temer de liquidar com a Petrobras e o pré-sal, o Brasil virou alvo fácil das companhias internacionais e até petroleiras de menor porte animam-se para arrancar seu pedaço do patrimônio brasileiro

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petroleo (Foto: Mauro Lopes)


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247- A recuperação dos preços do petróleo nas últimas semanas, para os patamares mais altos em três anos, está reforçando o caixa das petroleiras internacionais para os leilões do pré-sal dos próximos meses, que deverão se tornar uma verdadeira barganha. "As petroleiras começaram o ano com uma expectativa de geração de caixa menor que a que vai acontecer. A decisão de participar de leilões é sempre tomada de olho na estratégia de longo prazo, mais do que nas oscilações de preços de curto prazo, mas é evidente que isso [valorização do petróleo] gera um acréscimo de caixa que vai ficar disponível para as empresas investirem. Apostar em licitações para aquisições de ativos passa efetivamente a entrar no radar das companhias", afirma Hélder Queiroz, ex-diretor da ANP e pesquisador da UFRJ em reportagem do Valor Econômico.

Para a pesquisadora da FGV Energia, Fernanda Delgado, a elevação dos preços do barril é uma boa notícia também para atrair investimentos das pequenas e médias petroleiras para o Brasil. Fernanda lembra que a escalada do barril do petróleo acontece num momento em que essas companhias têm pela frente oportunidades de negócios em curso, como o avanço da venda de ativos da Petrobras em áreas terrestres, águas rasas e campos maduros. Com o aumento nos preços e a decisão do governo Temer de liquidar com a Petrobras e o pré-sal, o Brasil virou alvo fácil das companhias internaconais.

"O aumento do preço do petróleo aumenta a margem de lucro das empresas, a diferença entre o preço de venda e os custos de produção. Isso é ainda mais sensível entre as empresas que pequenas e médias, entre as petroleiras que operam campos maduros, que trabalham no limite da eficiência na recuperação de óleo", afirma Fernanda.

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"A alta do petróleo torna as companhias mais propensas ao risco. As empresas que já vinham mostrando interesse em aquisições no Brasil têm mais caixa para continuar investindo e as companhias que até então não tinham condições de participar passam a ter", diz a pesquisadora.

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