Mello Franco: Fabricando um mártir

O jornalista Bernardo Mello Franco ressalta que a decisão da juíza Carolina Lebbos negando o pedido para que Lula participasse da convenção do PT, no próximo dia 28 "foi acertada", uma vez que "a lei só permite a saída temporária em situações especiais"; para ele, o "problema está em outros trechos da decisão. Lebbos negou autorização para que Lula concedesse entrevistas sem sair da cadeia"; "Forçar a mão com Lula reforça o discurso petista de que ele seria vítima de um complô e estaria preso por causa da eleição", analisa

Mello Franco: Fabricando um mártir
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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco avalia que "o PT tentou usar a campanha eleitoral para livrar Lula da cadeia. Não parecia um argumento razoável. Se a vontade de pedir votos fosse desculpa para sair do xadrez, nenhum político ficaria preso. Figuras como Eduardo Cunha, Sérgio Cabral e Geddel Vieira Lima poderiam adotar a mesma tática. Bastaria dizer "sou candidato" e retirar o habeas corpus no guichê".

Para ele, a juíza Carolina Lebbos tomou a decisão acertada ao negar "um pedido para que Lula participasse da convenção do PT, no próximo dia 28. O ex-presidente queria um salvo-conduto para deixar o xadrez, pegar um avião e subir no palanque em São Paulo. O veto da juíza foi acertado". "A lei só permite a saída temporária em situações especiais, como morte ou doença grave de parente", ressalta.

O jornalista porém, destaca que "o problema está em outros trechos da decisão. Lebbos negou autorização para que Lula concedesse entrevistas sem sair da cadeia. Ela rejeitou pedidos feitos por duas emissoras de TV, dois portais e um jornal que pretendiam sabatiná-lo como pré-candidato a presidente. A juíza considerou que não haveria "utilidade" no pedido porque o petista está inelegível. Numa democracia, quem deve avaliar a utilidade de entrevistas são os veículos de comunicação. Além disso, as decisões sobre registro de candidaturas cabem à Justiça Eleitoral. Tudo indica que Lula será barrado pela Lei da Ficha Limpa, mas a magistrada não tem poder para se antecipar ao TSE", diz.

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Para ele, "forçar a mão com Lula reforça o discurso petista de que ele seria vítima de um complô e estaria preso por causa da eleição. Não há motivo para que o ex-presidente receba regalias, mas também não é correto que as regras e os ritos sejam mais duros para ele. A juíza Lebbos já havia avançado o sinal ao proibir que o petista recebesse visitas de amigos, um direito expressamente garantido pela Lei de Execução Penal", completa. 

Leia a íntegra da análise, 

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