PT levará negociações para definição de vice de Lula até prazo de registro

O PT pretende esticar as negociações para indicação de um vice-presidente na chapa à Presidência encabeçada pelo ex-presidente Lula até 15 de agosto, data limite para registro das candidaturas, disseram à Reuters fontes do partido; uma das questões que ainda estaria na mesa é uma aliança com o PCdoB, que teria exigido a vaga de vice para a deputada estadual gaúcha Manuela D´Ávila, que desistiria da candidatura presidencial formalizada nesta quarta, segundo uma fonte ouvida pela Reuters

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BRASÍLIA (Reuters) - O PT pretende esticar as negociações para indicação de um vice-presidente na chapa à Presidência encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 15 de agosto, data limite para registro das candidaturas, disseram à Reuters fontes do partido.

O nome de Lula, preso em Curitiba desde abril, será confirmado em convenção nacional do PT no sábado em São Paulo. O ex-presidente cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP) e, como Lula foi condenado por um órgão colegiado, deve ser impedido de disputar a eleição com base na Lei da Ficha Limpa.

Ainda assim, o PT tem afirmado que insistirá em sua candidatura e a registrará junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 15 de agosto.

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O partido ainda não decidiu qual o melhor cenário para a indicação do companheiro de chapa do ex-presidente.

Uma das questões que ainda estaria na mesa é uma aliança com o PCdoB, que teria exigido a vaga de vice para a deputada estadual gaúcha Manuela D´Ávila, que desistiria da candidatura presidencial formalizada nesta quarta, segundo uma fonte ouvida pela Reuters.

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Mesmo se a aliança não for adiante e o partido for para a eleição com uma chapa puro-sangue, só com petistas, há dúvidas ainda se seria melhor indicar como vice de Lula um nome que poderia ser o eventual Plano B, no caso da provável impugnação da candidatura do ex-presidente, ou um outro nome que permaneceria como vice mesmo com a mudança do cabeça de chapa.

Em tese, a definição das chapas, com candidatos a presidente e a vice, deveria ocorrer até o prazo final para a realização das convenções partidárias, no próximo domingo.

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Na avaliação de Daniel Falcão, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do curso de Direito Eleitoral do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), no entanto, há brechas para que a definição ocorra até o prazo final de registro.

"O prazo entre o dia 5 e o dia 15 é para a preparação das burocracias dos partidos para o registro. Em tese esse prazo não existe", disse Falcão sobre mudanças entre os dias 5 e 15. "Mas, como não há nenhum tipo de sanção, nenhum tipo de punição, para quem fizer uma mudança depois das convenções, muitos partidos vão fazer isso."

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Falcão explica que essa possibilidade se abre especialmente se as convenções partidárias autorizarem as Executivas dos partidos a tomarem decisões após a convenção nacional.

"Se eu fosse consultado por algum partido, é o que eu falaria: faça a convenção e, na convenção coloque, registrado em ata, a autorização para a Executiva fazer mudanças até o dia 15. Isso vai reduzir enormemente a possibilidade de problemas com a Justiça Eleitoral", afirmou.

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