Vice de Bolsonaro demonstra ignorância sobre africanos e indígenas
"Em vez de papagaiar essencialismo étnico, o general e seu mítico companheiro de chapa poderiam gastar um pouco mais de tempo pensando em como fomentar esses fatores de mudança", criticou o colunista Reinaldo José Lopes, em artigo
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247 - O colunista e doutor em literatura inglesa Reinaldo José Lopes criticou em um artigo a declaração do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Antonio Hamilton Mourão (PRTB). Em seu primeiro evento público na campanha, Mourão disse que os brasileiros herdaram a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos.
Lopes usou passagens de textos mostrando a fibra e a produtividade de africanos e indígenas em diversas fases da história.
"A arqueologia, aliás, tem mostrado que essa cena pode ter sido a regra, e não a exceção, antes que o futuro Brasil fosse conquistado pelos lusos. A atual Rondônia, por exemplo, tem se revelado um dos principais berços da agricultura nas Américas (o cultivo de plantas pode ter começado ali há uns 9.000 anos)", explicou.
"Falemos, então, da malandragem africana. Seria a malandragem que levou guerreiros negros do atual Sudão a conquistar todo o orgulhoso Egito dos faraós por volta de 700 a.C.? Ou foi graças à malemolência que o povo shona, na Idade Média, construiu a poderosa cidade de pedra do Grande Zimbábue, com tamanho e complexidade que nada deviam às maiores cidades europeias medievais?", questionou o colunista.
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